Abstract
Uma das mais emblemáticas e estruturantes obras sobre a independência do jornalismo tem um lacónico título — The Press, remonta a 1938 e é da autoria do antigo jornalista e editor do The Times Henry, Henry Wickham Steed. Nesta obra, Steed cria uma reflexão, quase alegórica, sobre o processo de produção de notícias: o seu jornal perfeito teria todas as notícias que se pudesse imprimir, sempre apresentadas da forma mais atrativa possível e que respeitassem a ‘política editorial’ do jornal, até porque a sua ‘política editorial’ estaria ajustada aos factos e, por isso, não suprimiria ou exaltaria factos para se adequar à ‘política’ do jornal. Este jornal ideal também deveria ter especial atenção nas notícias onde o conteúdo não fosse dominado pela promoção de uma determinada entidade ou protagonista, sendo que daria o benefício da dúvida àquelas que reunissem critérios de interesse público. Para nenhum governo, estadista ou pessoa, nunca apoiaria outras razões no processo livre e independente de seleção de notícias que o não fosse o interesse público. Para quem ainda não conhece esta obra, que na sua primeira edição foi editada pela Pinguin Books (1938), pode adiantar-se que Steed é categórico em defender que o
jornalismo só existe na manutenção da sua própria independência.
jornalismo só existe na manutenção da sua própria independência.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-3 |
Number of pages | 3 |
Journal | Revista Portuguesa de História da Comunicação |
Issue number | 3 |
Publication status | Published - 2018 |