Faiança quinhentista recuperada num compartimento da antiga prisão do Aljube, Lisboa

Na sequência da intervenção arqueológica realizada entre Outubro de 2004 e Maio de 2005 foi identificado um importante e diversificado espólio quinhentista depositado, num único momento, no interior de um compartimento e, simultaneamente, selado. O compartimento é associável a um antigo saguão desactivado, presume-se, por volta de 1590. Deste acervo destaca-se um conjunto de largas dezenas de exemplares de faiança. Com base nos resultados das análises de pastas, a partir de uma amostragem de catorze exemplares, bem como a partir
de traços tipológicos, formais e decorativos, procurou-se compreender circuitos comerciais à época, bem como a sua caracterização formal e decorativa. Por fim, procurou-se proceder à inserção deste conjunto de faianças no quotidiano prisional do Aljube, sabendo-se da sua directa ligação ao patriarcado de Lisboa.