Abstract
No alvorecer da Modernidade, Portugal teve um papel preponderante no
desenvolvimento da Europa. A Lisboa, núcleo urbano com considerável
densidade populacional e porto de referência das principais rotas comerciais,
chegava constantemente gente em busca de melhores condições de vida,
promovendo a difusão de conhecimentos nesta cidade multicultural. Contudo,
esta afluência de gentes também favorecia a propagação de epidemias e,
consequentemente, o aumento dos índices de mortalidade. Neste precário
quadro sanitário, agravado pela carência alimentar e pelo facto de os pequenos
hospitais/albergarias não suprirem as necessidades de um crescente número de
pobres e doentes, tornou-se urgente a criação de um novo e grande hospital.
Esta conjuntura foi determinante na construção do Hospital Real de Todos-osSantos em 1492. Durante o seu funcionamento o edifício foi alvo de constantes reformulações, procurando responder ao crescente número de doentes (muitos
vindos de pequenas cidades ou de outras geografias além-mar), e/ou motivados
por factores circunstanciais mais estritos. Um claro exemplo recaiu na zona
tardoz onde, na primeira metade de setecentos, um corredor de circulação deu
lugar a um espaço funerário.
O presente trabalho explora novas interpretações sobre a evolução deste espaço,
e os particularismos da gestão de “saúde pública” entre Lisboa e outras cidades.
desenvolvimento da Europa. A Lisboa, núcleo urbano com considerável
densidade populacional e porto de referência das principais rotas comerciais,
chegava constantemente gente em busca de melhores condições de vida,
promovendo a difusão de conhecimentos nesta cidade multicultural. Contudo,
esta afluência de gentes também favorecia a propagação de epidemias e,
consequentemente, o aumento dos índices de mortalidade. Neste precário
quadro sanitário, agravado pela carência alimentar e pelo facto de os pequenos
hospitais/albergarias não suprirem as necessidades de um crescente número de
pobres e doentes, tornou-se urgente a criação de um novo e grande hospital.
Esta conjuntura foi determinante na construção do Hospital Real de Todos-osSantos em 1492. Durante o seu funcionamento o edifício foi alvo de constantes reformulações, procurando responder ao crescente número de doentes (muitos
vindos de pequenas cidades ou de outras geografias além-mar), e/ou motivados
por factores circunstanciais mais estritos. Um claro exemplo recaiu na zona
tardoz onde, na primeira metade de setecentos, um corredor de circulação deu
lugar a um espaço funerário.
O presente trabalho explora novas interpretações sobre a evolução deste espaço,
e os particularismos da gestão de “saúde pública” entre Lisboa e outras cidades.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Pequenas Cidades no Tempo |
Subtitle of host publication | A saúde |
Editors | Adelaide Maria da Costa, Sara Prata, José Fabián Cuesta-Gómez, Adelino Dias Cardoso, Helena da Silva |
Place of Publication | Castelo de Vide |
Publisher | IEM/CHAM/Câmara Municipal de Castelo de Vide |
Pages | 187-204 |
Number of pages | 17 |
ISBN (Print) | 978-989-53942-7-2, 978-972-9040-21-4 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2023 |
Event | Colóquio Internacional Pequenas Cidades e Saúde da Idade Média à Época Contemporânea / International Network Small Cities in Time: Assistência médica, instituições sanitárias, políticas urbanas de higiene - Castelo de Vide, Portugal Duration: 6 May 2021 → 8 May 2021 |
Publication series
Name | Estudos 30 |
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Conference
Conference | Colóquio Internacional Pequenas Cidades e Saúde da Idade Média à Época Contemporânea / International Network Small Cities in Time |
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Abbreviated title | Pequenas Cidades e Saúde |
Country/Territory | Portugal |
City | Castelo de Vide |
Period | 6/05/21 → 8/05/21 |
Keywords
- Séculos XVI-XVIII
- Lisboa
- Assistência
- Hospital Real de Todos-os-Santos
- Espaço funerário
- 16th -18th centuries
- Lisbon
- Health assistance
- Royal Hospital of All-Saints
- Burial ground