Abstract
O presente artigo propõe uma análise da dança teatral partindo do binómio performance / política, através do qual se perspectiva o corpo como lugar privilegiado para a análise do poder, uma vez que um corpo ao dançar posiciona-se sempre politicamente. Para tal, procura-se contextualizar a dança-teatro dos espectáculos Antes que matem os elefantes, da Companhia Olga Roriz, e Eu Sou Mediterrâneo, da Companhia Vidas de A a Z, a partir do seu percurso artístico, analisando as suas linguagens coreográficas e cénicas com o objetivo de alcançar uma compreensão do corpo que dança como um corpo que sofre as acções das relações de poder. Estudado como lugar de tensão e embate, desenvolvendo articulações com a memória e o esquecimento num jogo sensório-corporal, fala-se do corpo como arquivo e como lugar de memória e resistência, perspectivando-o como lugar privilegiado para a análise do poder.
Translated title of the contribution | Between mujahidins and ghosts: improvisation and archive-bodies as a microcosm of the Syrian conflict |
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Original language | Multiple languages |
Pages (from-to) | 67-83 |
Number of pages | 16 |
Journal | Eikon – Journal on Semiotics and Culture |
Issue number | 3 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2018 |