Abstract
Quando, possivelmente sob influência de Wanda Landowska,
Ruy Coelho (1889-1986) inclui o cravo no efectivo orquestral da sua primeira ópera, torna-se assim o primeiro compositor português moderno
a recorrer a este então recém-redescoberto instrumento. Desse momento em diante volta a utilizá-lo em várias outras obras, e no contexto
lusitano será um dos poucos a fazê-lo. A presente comunicação pretende reflectir sobre o imaginário conceptual e sonoro que sustentou esta
renovada utilização do cravo, quais os desafios técnico-organológicos
associados e qual a sua razão de existência e significações possíveis no
contexto dramático-musical das óperas portuguesas do século XX que
dele fizeram uso: Serão da infanta (1913) e Rosas de todo o anno (1921)
de Ruy Coelho, Rosas de todo o anno (1920) de Augusto Machado (1845-
1924) e Trilogia das barcas (1970) de Joly Braga Santos (1924-1988).
When Ruy Coelho (1889-1986), possibly influenced by Wanda
Landowska, included the harpsichord in the orchestration of his first
opera, he became the first modern Portuguese composer to resort to
this recently rediscovered instrument. He would go on to use it in several
other works, and would be one of few within the Portuguese musical
milieu to do so. This paper seeks to reflect on the conceptual and musical background of this revival of the harpsichord, on its technical and
organologic obstacles, and ultimately on the instrument’s raison d’être
and significance in the dramatic and musical context of 20th-century
Portuguese operas Serão da infanta (1913) and Rosas de todo o anno (1921)
by Ruy Coelho, Rosas de todo o anno (1920) by Augusto Machado (1845-
1924) and Trilogia das barcas (1970) by Joly Braga Santos (1924-1988).
Ruy Coelho (1889-1986) inclui o cravo no efectivo orquestral da sua primeira ópera, torna-se assim o primeiro compositor português moderno
a recorrer a este então recém-redescoberto instrumento. Desse momento em diante volta a utilizá-lo em várias outras obras, e no contexto
lusitano será um dos poucos a fazê-lo. A presente comunicação pretende reflectir sobre o imaginário conceptual e sonoro que sustentou esta
renovada utilização do cravo, quais os desafios técnico-organológicos
associados e qual a sua razão de existência e significações possíveis no
contexto dramático-musical das óperas portuguesas do século XX que
dele fizeram uso: Serão da infanta (1913) e Rosas de todo o anno (1921)
de Ruy Coelho, Rosas de todo o anno (1920) de Augusto Machado (1845-
1924) e Trilogia das barcas (1970) de Joly Braga Santos (1924-1988).
When Ruy Coelho (1889-1986), possibly influenced by Wanda
Landowska, included the harpsichord in the orchestration of his first
opera, he became the first modern Portuguese composer to resort to
this recently rediscovered instrument. He would go on to use it in several
other works, and would be one of few within the Portuguese musical
milieu to do so. This paper seeks to reflect on the conceptual and musical background of this revival of the harpsichord, on its technical and
organologic obstacles, and ultimately on the instrument’s raison d’être
and significance in the dramatic and musical context of 20th-century
Portuguese operas Serão da infanta (1913) and Rosas de todo o anno (1921)
by Ruy Coelho, Rosas de todo o anno (1920) by Augusto Machado (1845-
1924) and Trilogia das barcas (1970) by Joly Braga Santos (1924-1988).
Translated title of the contribution | The harpsichord in 20th-century opera by Ruy Coelho, Augusto Machado and Joly Braga Santos |
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Original language | Portuguese |
Article number | e66931 |
Pages (from-to) | 1-21 |
Number of pages | 21 |
Journal | Musica Hodie |
Volume | 21 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2021 |
Keywords
- Harpsichord
- Modern harpsichord
- Opera
- Organology
- Cravo
- Ópera
- Organologia