Abstract
Às destruições, dispersões e formações de novos acervos, a biblioteca se difunde com tipologias que convivem e acompanham as mundividências das sociedades no tempo, como também o mutável, o precário, o que resiste nas bordas e que é menos visível. Partindo de uma reflexão global sobre a história da biblioteca no Ocidente, esta comunicação se propõe a discutir os elos entre a formação e o destino de bibliotecas privadas com o espaço público, incluindo sua inserção nas políticas culturais. Para isso, irá se aprofundar em um estudo de caso que, chegando aos dias atuais, tem seus momentos-chaves durante o Estado Novo português (especialmente nos anos 1950). Nesse contexto, será analisado mais verticalmente o caso da biblioteca de Joaquim de Carvalho (1892-1958), filósofo, historiador, professor, ex-diretor da Biblioteca da Universidade de Coimbra e da Imprensa da mesma Universidade, até o seu fechamento por Salazar (1934). Considerada aqui como obra construída, numa dimensão autobiográfica, a biblioteca de Carvalho suscita diferentes questões em dois momentos: durante a vida do seu autor, com ênfase na formação de alguns dos principais núcleos; e após o falecimento de Carvalho até a compra da biblioteca pelo Estado português (1979) e incorporação ao patrimônio da Universidade de Coimbra, onde hoje se encontra.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 57-71 |
Number of pages | 14 |
Journal | CESContexto |
Publication status | Published - 2018 |
Event | Conferência Internacional Bibliotecas Públicas, Políticas Culturais e Leitura Pública - Fundação José Saramago (Casa dos Bicos), Lisbon, Portugal Duration: 6 Sept 2018 → 7 Sept 2018 https://ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2018/bibliotecas-publicas-politicas-culturais-e-leitura |
Keywords
- Bibliotecas pessoais
- Acervos públicos
- Estado Novo
- Joaquim de Carvalho
- Universidade de Coimbra