Discurso do Bastardo: Ensaio Ficcionado

O volume é, em parte, reflexão filosófica e, em parte, ficção, cujo personagem, M.,aborda, entre outras, questões relativas ao mundo contemporâneo, à obra poética de Fernando Pessoa, sobretudo, o heterónimo Alberto Caeiro (o Guardador de Rebanhos), ao cinema (Matrix) e à pintura A Queda de Ícaro de Pieter Bruegel; ao nível de reflexão filosófica, o personagem M. reflecte sobre a condição “bastarda” da Humanidade por esta viver num estado de separação relativamente à Natureza (de que, contudo, ainda faz parte, se bem que de um modo problemático); reflecte igualmente sobre os perigos do pensamento dogmático, autoritário e monolítico para o bem-estar da comunidade humana, para a democracia e para o futuro da Humanidade no planeta. Além disso, M. tece reflexões sobre o amor, sobre a necessidade de atingirmos um estado de serenidade interior para podermos fazer frente à complexidade dos desafios que a vida nos lança de modo ininterrupto e, ainda, sobre a vida do ser humano como um processo contínuo, em aberto – um devir –, não uma coisa fixa ou imutável.