Abstract
O objetivo do artigo é analisar as recentes tendências do emprego no Continente, mostrando como a crise económica de 2008 interrompeu o processo de criação de emprego, entretanto retomado. Além das tendências gerais são identificados
e discutidos os padrões geográficos e setoriais nos três períodos considerados. Utilizámos os dados dos Quadros de Pessoal (QP) disponibilizados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP/MTSSS). Selecionámos quatro anos: 2008, um ano antes da crise económica atingir a economia portuguesa; 2012, um ano
intermédio para avaliar o impacto da crise; 2016, para avaliar os primeiros sinais de saída da crise e 2019, o ano mais recente com dados disponíveis. Os dados foram reorganizados por ramos de atividade e analisados ao nível NUTS III com recurso à análise shift-share. Os resultados revelam uma diminuição acentuada do emprego entre 2008 e 2012, em quase todos os ramos e em todas as NUTS III. Apesar da sua maior diversidade de ramos de serviços, a AML perdeu mais emprego do que a AMP. Entre 2012 e 2016 há uma retoma na criação de emprego, embora a construção civil e os serviços financeiros continuarem em perda. Entre 2016 e 2019 destaca-se a inversão da perda de emprego na construção civil, sobretudo nos territórios metropolitanos, e da agricultura no Alentejo e no Algarve.
e discutidos os padrões geográficos e setoriais nos três períodos considerados. Utilizámos os dados dos Quadros de Pessoal (QP) disponibilizados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP/MTSSS). Selecionámos quatro anos: 2008, um ano antes da crise económica atingir a economia portuguesa; 2012, um ano
intermédio para avaliar o impacto da crise; 2016, para avaliar os primeiros sinais de saída da crise e 2019, o ano mais recente com dados disponíveis. Os dados foram reorganizados por ramos de atividade e analisados ao nível NUTS III com recurso à análise shift-share. Os resultados revelam uma diminuição acentuada do emprego entre 2008 e 2012, em quase todos os ramos e em todas as NUTS III. Apesar da sua maior diversidade de ramos de serviços, a AML perdeu mais emprego do que a AMP. Entre 2012 e 2016 há uma retoma na criação de emprego, embora a construção civil e os serviços financeiros continuarem em perda. Entre 2016 e 2019 destaca-se a inversão da perda de emprego na construção civil, sobretudo nos territórios metropolitanos, e da agricultura no Alentejo e no Algarve.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Estudos de homenagem a José da Silva Costa |
Editors | Aurora Teixeira, Ana Paula Delgado, Luís Carvalho, Maria Isabel Mota, Maria Manuela Castro e Silva |
Place of Publication | Porto, Portugal |
Publisher | U.Porto Press |
Pages | 577-591 |
Number of pages | 15 |
Edition | 1ª |
ISBN (Print) | 978-989-746-357-0 |
Publication status | Published - May 2023 |
Publication series
Name | Coleção Transversal |
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Publisher | U.Porto Press |
Number | 16 |
Keywords
- Análise shift-share
- Crise económica
- Emprego
- Portugal
- NUTS III