Abstract
Segundo a Introdução da autora à edição “A arca-altar do Museu do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), uma das peças mais notáveis da sua colecção museológica, é um dos raros altares portáteis que em Portugal chegaram aos nossos dias, desafiando a passagem do tempo e a incúria dos homens.
Quando fechada, é uma simples arca encourada, com duas pegas laterais para facilitar o transporte. Mas rapidamente se transfigura numa ara esplendorosa. Basta dobrar as pernas articuladas da arca, abrir-lhe o tampo, rebater a face anterior e baixar para os lados as duas abas que compõem a mesa. Assim armado o altar, resta apenas montar o retábulo, encaixando um frontão e duas aletas de ambos os lados da tela que representa a Última Ceia.
Este móvel “desdobrável”, que tem o número 1017 no inventário do Museu do CCCM, foi adquirido no mercado de antiguidades de Lisboa em Outubro de 1997. A empresa leiloeira que intermediou a transação afirmou não dispor de qualquer informação sobre a origem da peça. Quando foi a leilão, pertencia aos herdeiros de um antiquário já falecido, que dela não teria deixado qualquer registo.
Sem dados históricos que nos permitam definir-lhe a origem ou seguir-lhe o rasto, socorremo-nos de outros exemplares existentes em colecções portuguesas e brasileiras, tentando estabelecer paralelos e identificar eventuais elementos de proximidade. Apesar do número reduzido de móveis desta tipologia que conseguimos inventariar – oito, no total – foi possível, através da análise material realizada e de algumas memórias históricas associadas a alguns deles, seguir um percurso evolutivo e identificar uma tipologia representativa do altar portátil português.”
Quando fechada, é uma simples arca encourada, com duas pegas laterais para facilitar o transporte. Mas rapidamente se transfigura numa ara esplendorosa. Basta dobrar as pernas articuladas da arca, abrir-lhe o tampo, rebater a face anterior e baixar para os lados as duas abas que compõem a mesa. Assim armado o altar, resta apenas montar o retábulo, encaixando um frontão e duas aletas de ambos os lados da tela que representa a Última Ceia.
Este móvel “desdobrável”, que tem o número 1017 no inventário do Museu do CCCM, foi adquirido no mercado de antiguidades de Lisboa em Outubro de 1997. A empresa leiloeira que intermediou a transação afirmou não dispor de qualquer informação sobre a origem da peça. Quando foi a leilão, pertencia aos herdeiros de um antiquário já falecido, que dela não teria deixado qualquer registo.
Sem dados históricos que nos permitam definir-lhe a origem ou seguir-lhe o rasto, socorremo-nos de outros exemplares existentes em colecções portuguesas e brasileiras, tentando estabelecer paralelos e identificar eventuais elementos de proximidade. Apesar do número reduzido de móveis desta tipologia que conseguimos inventariar – oito, no total – foi possível, através da análise material realizada e de algumas memórias históricas associadas a alguns deles, seguir um percurso evolutivo e identificar uma tipologia representativa do altar portátil português.”
Original language | Portuguese |
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Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Centro Científico e Cultural de Macau |
Number of pages | 96 |
Edition | 1 |
ISBN (Print) | 78-972-8586-49-2 |
Publication status | Published - 2017 |