Abstract
In the past 15 years, cultural entrepreneurs in the Portuguese-speaking world have increasingly disseminated their musical heritage. International events, the documentary ‗ Lusofonia, a (R)evolução‘ , as well as numerous associations and music festivals have reinvigorated a culturalvision of the Lusophone Atlantic. Record labels have converted part of their archives into CDanthologies. The emergence of the Internet, digital platforms or formats such as .mp3, YouTube,soundclouds, mixtapes, audioblogs, and podcasts has caused substantial changes in how music isconceived and consumed.How has this digitalizationchanged the preservation and dissemination of Lusophone musical heritage? What are social actors‘ motivations to circulate recordings, and howdo they negotiate with both audiences and musicians? What might be ethnomusicology‘s ro le ininterpreting these processes? I intend to construct my argument by discussing two issues: (1) theanthologization of Lusophone heritage within the music industry, connected to the success of musicfestivals, and (2) the dissemination of this heritage by cultural entrepreneurs through Internetplatforms anddigital media.In sodoing, Ihope tocontribute toa betterunderstanding ofthe roleof cultural memory in recent initiatives of analogue and digital anthologization. Onlineentrepreneurs are in the process of profoundly democratizing the contemporary culture of thePortuguese-speaking world, testing the limits of cultural industries, nation-states and culturalmemories. Keywords: Lusophone musical heritage; Anthologization; Digital media.
Nos últimos 15 anos, empreendedores culturais em Portugal e no resto do mundo de língua portuguesa têm investido cada vez mais na divulgação do patrimônio musical dos seus paìses. Eventos internacionais; o influente documentário ‗Lusofonia, a (R)evolução‘; bem como numerosas associações locais e festivais de música anuais, revigoraram uma visão cultural do Atlântico lusófono. Especificamente com relação à música, gravadoras estabelecidas converteram parte dos seus arquivos (coloniais) em antologias de CD. Com o surgimento da internet, outras plataformas ou formatos digitais, tais como mp3, YouTube, soundclouds, mixtapes, audioblogs e podcasts, causaram mudanças substanciais na forma com a qual músicas são concebidas e consumidas. Como é que essa digitalização alterou ou complementou a preservação e divulgação
do patrimônio musical lusófono? Quais são os atores sociais que fazem circular as gravações, e quais são as motivações deles? Que tipo de negociações ocorre entre eles, o público e os músicos?
Qual pode ser o papel da etnomusicologia na interpretação destes processos? Pretendo construir meu argumento em duas partes: (1) a antologização do patrimônio musical lusófono dentro do
ramo da indústria fonográfica, a partir do sucesso de festivais de música, e (2) a divulgação desse mesmo patrimônio por empreendedores culturais, através de plataformas na internet e as mídias digitais. Espero contribuir para uma melhor compreensão do papel da memória cultural em iniciativas recentes de antologização analógica e digital. Além da tradicional indústria fonográfica,
empreendedores on-line estão profundamente democratizando a cultura contemporânea do mundo lusófono, questionando os limites das indústrias culturais, estado-nações e memórias culturais.
Nos últimos 15 anos, empreendedores culturais em Portugal e no resto do mundo de língua portuguesa têm investido cada vez mais na divulgação do patrimônio musical dos seus paìses. Eventos internacionais; o influente documentário ‗Lusofonia, a (R)evolução‘; bem como numerosas associações locais e festivais de música anuais, revigoraram uma visão cultural do Atlântico lusófono. Especificamente com relação à música, gravadoras estabelecidas converteram parte dos seus arquivos (coloniais) em antologias de CD. Com o surgimento da internet, outras plataformas ou formatos digitais, tais como mp3, YouTube, soundclouds, mixtapes, audioblogs e podcasts, causaram mudanças substanciais na forma com a qual músicas são concebidas e consumidas. Como é que essa digitalização alterou ou complementou a preservação e divulgação
do patrimônio musical lusófono? Quais são os atores sociais que fazem circular as gravações, e quais são as motivações deles? Que tipo de negociações ocorre entre eles, o público e os músicos?
Qual pode ser o papel da etnomusicologia na interpretação destes processos? Pretendo construir meu argumento em duas partes: (1) a antologização do patrimônio musical lusófono dentro do
ramo da indústria fonográfica, a partir do sucesso de festivais de música, e (2) a divulgação desse mesmo patrimônio por empreendedores culturais, através de plataformas na internet e as mídias digitais. Espero contribuir para uma melhor compreensão do papel da memória cultural em iniciativas recentes de antologização analógica e digital. Além da tradicional indústria fonográfica,
empreendedores on-line estão profundamente democratizando a cultura contemporânea do mundo lusófono, questionando os limites das indústrias culturais, estado-nações e memórias culturais.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Anais do VI ENABET |
Subtitle of host publication | Música e sustentabilidade |
Editors | Carlos Sandroni, Alice Lumi Satomi, João Pessoa |
Place of Publication | Universidade Federal da Paraíba |
Pages | 88-98 |
Number of pages | 12 |
ISBN (Electronic) | 2236-0980 |
Publication status | Published - 1 Jan 2014 |
Event | VI ENABET, Música e sustentabilidade - Duration: 1 Jan 2013 → … |
Conference
Conference | VI ENABET, Música e sustentabilidade |
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Period | 1/01/13 → … |
Keywords
- Lusophone musical heritage
- Anthologization
- Digital media