Abstract
Os aviões comerciais substituíram progressivamente os navios e outros
modos de transporte como veículos de conexão entre países e continentes.
Além de transportarem pessoas, aeronaves modernas transportam também
cada vez mais conteúdos culturais. Com a ascensão da tecnologia digital,
os sistemas interativos do entretenimento a bordo tornaram-se disponíveis
aos passageiros, convertendo o céu num lugar sem preocupações com o
consumo cultural. Enquadrando o nosso trabalho conceitualmente nas teorias de fluxo e mobilidade, analisamos algumas paisagens sonoras criadas
pela TAP – Transportes Aéreos Portugueses, a companhia aérea de bandeira
portuguesa, nos seus voos de longo curso. Dado o hino “De braços abertos”
de 2011 – no qual a fadista portuguesa Mariza, o músico do semba angolano
Paulo Flores, e a cantora de música popular brasileira Roberta Sá cantam de
uma só voz – investigamos algumas estratégias pelas quais a TAP veicula
ligações musicais pós-coloniais entre Portugal e o mundo lusófono a bordo.
Enquanto analisamos quantitativamente a categorização da música como
uma ferramenta para a gestão de marca, também refletimos sobre as experiências sonoras individuais que surgem através de playlists personalizáveis
a bordo. Em última análise, o nosso objetivo é compreender processos de
seleção musical e de formação de gostos, à medida que a TAP se baseia nas
afinidades culturais existentes para fidelizar e informar a sua comunidade
maioritariamente lusófona de passageiros.
modos de transporte como veículos de conexão entre países e continentes.
Além de transportarem pessoas, aeronaves modernas transportam também
cada vez mais conteúdos culturais. Com a ascensão da tecnologia digital,
os sistemas interativos do entretenimento a bordo tornaram-se disponíveis
aos passageiros, convertendo o céu num lugar sem preocupações com o
consumo cultural. Enquadrando o nosso trabalho conceitualmente nas teorias de fluxo e mobilidade, analisamos algumas paisagens sonoras criadas
pela TAP – Transportes Aéreos Portugueses, a companhia aérea de bandeira
portuguesa, nos seus voos de longo curso. Dado o hino “De braços abertos”
de 2011 – no qual a fadista portuguesa Mariza, o músico do semba angolano
Paulo Flores, e a cantora de música popular brasileira Roberta Sá cantam de
uma só voz – investigamos algumas estratégias pelas quais a TAP veicula
ligações musicais pós-coloniais entre Portugal e o mundo lusófono a bordo.
Enquanto analisamos quantitativamente a categorização da música como
uma ferramenta para a gestão de marca, também refletimos sobre as experiências sonoras individuais que surgem através de playlists personalizáveis
a bordo. Em última análise, o nosso objetivo é compreender processos de
seleção musical e de formação de gostos, à medida que a TAP se baseia nas
afinidades culturais existentes para fidelizar e informar a sua comunidade
maioritariamente lusófona de passageiros.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Livro de atas do III Congresso Internacional sobre Culturas: Interfaces da Lusofonia |
Place of Publication | Braga |
Publisher | Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), Universidade do Minho |
Pages | 365-378 |
Number of pages | 13 |
ISBN (Print) | 978-989-8600-83-7 |
Publication status | Published - 2019 |