TY - JOUR
T1 - Dando voz à vacilação, ao logos e às máscaras do self
T2 - espelhando Kierkegaard e Pessoa
AU - Ryan, Bartholomew John
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00183%2F2020/PT#
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDP%2F00183%2F2020/PT#
UIDB/00183/2020
UIDP/00183/2020
PY - 2021
Y1 - 2021
N2 - Na jornada experimental para forjar (no duplo sentido de criar e falsificar) o self e o sujeito na escrita, dificilmente seria possível superar as conquistas do poeta Fernando Pessoa e do filósofo Søren Kierkegaard. Este artigo conecta e espelha os dois escritores — como poeta filosófico e filósofo poético, e como poeta dramático e filósofo dramático. Eduardo Lourenço certa vez chamou Pessoa de “espião de Deus” e Kierkegaard de “espião do Nada”. Este artigo analisa três aspectos expansivos que fazem e desfazem o indefinível self — vacilação, logos e máscara. Pessoa e Kierkegaard são os grandes autores da dúvida e do desespero, e Ryan evoca a palavra dinamarquesa para desespero — Fortvivlelse (que significa literalmente “dúvidas demais”) para entender melhor essas duas obras que, assim como nós, estão situadas e libertadas na modernidade e pós-modernidade. Análogo a Pessoa na literatura, Kierkegaard é único na filosofia ao criar uma gama tão ampla de personagens vívidos que muitas vezes tiveram mais impacto na filosofia do que o que ele escreveu com seu próprio nome. O mesmo pode ser dito de Pessoa, em cuja alteridade total de si — através dos seus heterônimos — se concretiza a sua maior expressão poética. Finalmente, por meio de uma análise da máscara, Ryan mostra a intenção estética e espiritual desses dois autores polifônicos.
AB - Na jornada experimental para forjar (no duplo sentido de criar e falsificar) o self e o sujeito na escrita, dificilmente seria possível superar as conquistas do poeta Fernando Pessoa e do filósofo Søren Kierkegaard. Este artigo conecta e espelha os dois escritores — como poeta filosófico e filósofo poético, e como poeta dramático e filósofo dramático. Eduardo Lourenço certa vez chamou Pessoa de “espião de Deus” e Kierkegaard de “espião do Nada”. Este artigo analisa três aspectos expansivos que fazem e desfazem o indefinível self — vacilação, logos e máscara. Pessoa e Kierkegaard são os grandes autores da dúvida e do desespero, e Ryan evoca a palavra dinamarquesa para desespero — Fortvivlelse (que significa literalmente “dúvidas demais”) para entender melhor essas duas obras que, assim como nós, estão situadas e libertadas na modernidade e pós-modernidade. Análogo a Pessoa na literatura, Kierkegaard é único na filosofia ao criar uma gama tão ampla de personagens vívidos que muitas vezes tiveram mais impacto na filosofia do que o que ele escreveu com seu próprio nome. O mesmo pode ser dito de Pessoa, em cuja alteridade total de si — através dos seus heterônimos — se concretiza a sua maior expressão poética. Finalmente, por meio de uma análise da máscara, Ryan mostra a intenção estética e espiritual desses dois autores polifônicos.
U2 - https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v1n18a51001]
DO - https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2021.v1n18a51001]
M3 - Article
SN - 0875-0190
VL - 18
SP - 43
EP - 67
JO - Metamorfoses: Revista de Estudos Literários Luso-Afro-Brasileiros da Cátedra Jorge de Sena (UFRJ)
JF - Metamorfoses: Revista de Estudos Literários Luso-Afro-Brasileiros da Cátedra Jorge de Sena (UFRJ)
IS - 1
ER -