Abstract
Os movimentos feministas contemporâneos emergem em uma esfera global, repercutindo também a nível local, o que lhes confere uma notória dimensão transnacional a partir das manifestações de rua e do ciberfeminismo. Este estudo explora o impacto do ciberfeminismo no movimento 8M, a Greve Internacional Feminista, especificamente no contexto português, a fim de perceber como o ativismo digital feminista tem contribuído para a mobilização e amplificação dos objetivos do movimento no país. Examinamos como as ferramentas tecnológicas utilizadas pelas feministas entre 2020 e 2021, têm propiciado a expansão da greve, conectando mulheres nacional e internacionalmente, além de facilitar a disseminação eficaz de informações e pautas feministas. Destacamos a utilização da plataforma Instagram como ferramenta estratégica na propagação e compreensão das dinâmicas de género no espaço digital e na sociedade em geral. Os resultados nos levam a constatar que o ciberfeminismo impulsiona o movimento 8M em Portugal, ampliando o debate a partir da inclusão de múltiplas vozes, ainda que se identifique uma hegemonia branca na sua composição e construção.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 1-14 |
Number of pages | 14 |
Journal | Communication, technologies et développement |
Issue number | 13 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2023 |
Keywords
- Ciberfeminismo
- 8M
- Greve feminista internacional
- Portugal