Da boca do povo na língua certa do povo, língua errada do povo: (a discussão da língua portuguesa na imprensa entre 1922 e 1955)

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Abstract

Para Antonio Candido e Afrânio Coutinho, o nacionalismo artístico foi uma marca das letras brasileiras, pois correspondia à busca por uma identidade nacional. No plano linguístico, os escritores brasileiros defenderam “a língua brasileira” como um elemento de emancipação política e de autonomia cultural. O presente trabalho visa mostrar, através de excertos de jornais e suplementos literários do século do século XX, como, após a independência política do Brasil em 1822, a literatura foi utilizada como um instrumento para se forjar a independência linguística. Estes debates, que atravessam o século XIX, tiveram a Semana de Arte Moderna como ápice. O Modernismo brasileiro modificou o modo de ver e de pensar a literatura e a língua. No século XIX, a invenção da “língua brasileira” torna-se uma bandeira, pois a norma portuguesa tornara-se um obstáculo para afirmação nacional. Na década de 1950, nos suplementos literários brasileiros e portugueses, tais debates ainda encontraram ressonâncias.
Original languagePortuguese
Pages (from-to)365-389
Number of pages25
JournalRevista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Volume185
Issue number495
DOIs
Publication statusPublished - 29 Oct 2024

Keywords

  • Circulação de Ideias
  • História Cultural Luso-brasileira
  • Língua Portuguesa
  • Suplementos Literários

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