Abstract
Apesar dos numerosos manifestos e previsões de uma morte da Ópera ao longo do século XX, este género tem vindo a expandir-se, particularmente desde a década de 1990, subscrevendo ou auspiciando, dos modos mais diversos, os desafios sociais, políticos, epistemológicos e tecnológicos das últimas décadas. Encontrando, frequentemente, mercados e sistemas e produção alternativos aos que mantêm temporadas dominadas por repertório lírico canónico, a produção da nova Ópera por compositores portugueses tem sido surpreendentemente profusa, disseminando-se por múltiplos espaços e equipamentos culturais do País. Nesta exposição examinam-se as razões e características desta expansão assim como os modos como o género operático pode ainda fazer sentido como dissertação, gesto ou mesmo sociologia o quotidiano e visões do mundo. Neste sentido, discutem-se aspetos da produção de Ópera em Língua Portuguesa, estreada em espaços culturais lisboetas, de O Doido e a Morte (1994) por Alexandre Delgado aos nossos dias, mapeando-se práticas e padrões músico-dramatúrgica (na sua relação com aspetos institucionais e políticos), de representação e performance, de produção discursiva e expectativas no âmbito da sua mediação e receção. Discute-se, numa segunda instância, a ópera multimédia de Miguel Azguime Itinerário do Sal", no que ela revela de inquirição sobre as ligações Música, Som, Palavra e Gesto no paradigma recente ou atual de comunicação.
Original language | Portuguese |
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Pages | 14 |
Number of pages | 1 |
Publication status | Published - 2016 |
Event | Colóquio Internacional Português: Palavra e Música - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal Duration: 12 Dec 2016 → 14 Dec 2016 https://gulbenkian.pt/evento/coloquio-portugues-palavra-e-musica/ |
Conference
Conference | Colóquio Internacional Português: Palavra e Música |
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Country/Territory | Portugal |
City | Lisboa |
Period | 12/12/16 → 14/12/16 |
Internet address |