Abstract
A desindustrialização trouxe forte impacto às cidades que cresceram com a indústria. Os desmantelamentos tiveram inúmeros reflexos e aceleraram a degradação trazendo necessidade de revitalização económica, social, espacial e, também, de ressignificação do imaginário colectivo. Como se reinventam essas zonas? Olha-se aos espaços pós-industriais do Porto Oriental, cidade burguesa mas pouco afirmativa da sua herança industrial, ensaiando um degradé de diferentes estados e apontando projectos arquitectónicos sonantes a par de ocupações anónimas, locais em risco e demolições recentes, considerando ainda olhares artísticos sobre o edificado. Longe de novas soluções sistémicas, no Porto, a pós-industrialidade arquitectónica vai-se reinventando em gradações de interesse (e desinteresse) que têm sido, por ora, pouquíssimo atentas a questões patrimoniais.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 46-55 |
Number of pages | 9 |
Journal | RP – Revista Património |
Issue number | 7 |
Publication status | Published - 2020 |