Culturas intensivas e superintensivas e a susceptibilidade à desertificação: o caso do olival no Alentejo

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Abstract

As culturas intensivas e superintensivas estão associadas ao aumento de pressões ambientais, nomeadamente a perda de biodiversidade e alterações na paisagem. É o caso do olival intensivo e superintensivo de regadio. Na região do Alentejo tem vindo a assistir-se a uma mudança no tipo de cultura de olival, com a transição de olival em modo tradicional para intensivo e superintensivo de regadio, devido à intensificação de culturas existentes ou à plantação de novas culturas de olival, num processo impulsionado em parte pela construção da barragem do Alqueva. Este crescimento transformou o Alentejo na principal região de produção de olival correspondendo aproximadamente a metade da produção nacional. A intensificação de culturas, como a do olival, acarreta outro tipo de problemas para além dos referidos inicialmente, como os relacionados com a erosão do solo, com o aumento do consumo da água e sua contaminação. Estes problemas por sua vez estão associados à desertificação. Sendo o Alentejo uma região com elevada susceptibilidade à desertificação, este artigo pretende ilustrar as implicações negativas que advêm destas alterações bem como discutir soluções que possam contribuir para as mitigar com base na recolha de informação quantitativa e em entrevistas realizadas a stakeholders na região, no âmbito do projeto Redes Transfronteiriças de Relações entre Empresas: Norte de Portugal – Galiza e Alentejo – Extremadura, do CEG–IGOT, UL.
Original languageUnknown
Title of host publicationIX Congresso da Geografia Portuguesa
EditorsTeresa Pinto Correia, Virgínia Henriques E Rui Pedro Julião
Place of PublicationLisboa
PublisherAssociação Portuguesa de Geógrafos
Pages44-51
ISBN (Print)978-972-99436-6-9
Publication statusPublished - 1 Jan 2013

Publication series

NameIX Congresso da Geografia Portuguesa – Geografia: Espaço, Natureza, Sociedade e Ciência
PublisherAssociação Portuguesa de Geógrafos

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