TY - JOUR
T1 - Contributos para o estudo das relações entre arte e poder
T2 - Leituras de Mário-Henrique Leiria
AU - Braga, Marta
N1 - info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00657%2F2020/PT#
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDP%2F00657%2F2020/PT#
UIDB/00657/2020
UIDP/00657/2020
PY - 2021
Y1 - 2021
N2 - Desvelam-se algumas das críticas tecidas na obra leiriana, em especial ao establishment da arte, através da demonstração de elementos textuais que indiciam as distintas estruturas de poder a que a arte esteve exposta, e de que forma as relações entre estas e aquelas evoluíram desde o período surrealista do autor (1949 – 1951) até ao momento da publicação das suas obras, na década de 70. A análise de uma narrativa extraída de Contos do Gin Tonic, fundamentada com o apoio dos textos críticos inéditos do autor, originou a discussão em torno de diversos temas directamente ligados à arte, como o meio artístico, o artista, o objecto artístico, a recepção artística e a crítica de arte. A arte e a literatura, enquanto meios de expressão de inconformismo e instrumentos de subversão, são armas de luta preferenciais de Mário-Henrique Leiria. A literatura, em particular, é passível de ser aqui observada sob a perspectiva dos seus recursos estilísticos - a ironia, a paródia, a simples comicidade e o humor negro -, que comportam um triplo aspecto funcional: como diferentes estratégias discursivas para expressar uma perspectiva da vivência de uma determinada contingência política e social; como meio de sublevação que se faz essencialmente pela palavra; e, por fim, como via de acesso a um espaço único de liberdade, que é, afinal, o da criação artística.
AB - Desvelam-se algumas das críticas tecidas na obra leiriana, em especial ao establishment da arte, através da demonstração de elementos textuais que indiciam as distintas estruturas de poder a que a arte esteve exposta, e de que forma as relações entre estas e aquelas evoluíram desde o período surrealista do autor (1949 – 1951) até ao momento da publicação das suas obras, na década de 70. A análise de uma narrativa extraída de Contos do Gin Tonic, fundamentada com o apoio dos textos críticos inéditos do autor, originou a discussão em torno de diversos temas directamente ligados à arte, como o meio artístico, o artista, o objecto artístico, a recepção artística e a crítica de arte. A arte e a literatura, enquanto meios de expressão de inconformismo e instrumentos de subversão, são armas de luta preferenciais de Mário-Henrique Leiria. A literatura, em particular, é passível de ser aqui observada sob a perspectiva dos seus recursos estilísticos - a ironia, a paródia, a simples comicidade e o humor negro -, que comportam um triplo aspecto funcional: como diferentes estratégias discursivas para expressar uma perspectiva da vivência de uma determinada contingência política e social; como meio de sublevação que se faz essencialmente pela palavra; e, por fim, como via de acesso a um espaço único de liberdade, que é, afinal, o da criação artística.
KW - Criação
KW - Arte
KW - Poder
KW - Subversão
KW - Liberdade
U2 - https://doi.org/10.34623/z0kt-d118
DO - https://doi.org/10.34623/z0kt-d118
M3 - Article
SN - 2184-8661
VL - 2
SP - 64
EP - 69
JO - Rotura – Revista De Comunicação, Cultura E Artes
JF - Rotura – Revista De Comunicação, Cultura E Artes
ER -