Comportamento sísmico da ligação laje-pilar considerando diferentes soluções de reforço

Durante os últimos anos foram realizadas várias séries de ensaios de modelos de ligações laje-pilar sujeitos a ações horizontais cíclicas na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. Estes modelos foram sujeitos a ações semelhantes, utilizando um sistema de ensaio concebido para simular a continuidade da laje, tendo estas dimensões de 4.15 m × 1.85 m × 0.15 m e uma percentagem geométrica de armadura longitudinal de flexão igual a 1%. Foram utilizadas várias técnicas de reforço ao punçoamento, incluindo estribos, conectores de punçoamento, betão reforçado com fibras de aço, betão de elevada resistência e varões roscados pós-instalados. Este artigo apresenta um resumo dos referidos ensaios e uma apresentação dos principais resultados, de modo a se compararem as várias soluções apresentadas de reforço ao punçoamento, quando
sujeitas a ações sísmicas. É possível verificar que a rotura ocorre para deslocamentos horizontais relativamente elevados quando se utilizam para reforço ao punçoamento estribos ou conectores de punçoamento. Pode-se ainda observar que métodos menos convencionais, como a utilização de betão reforçado com fibras e betão de elevada resistência deram resultados promissores. Comparando com os modelos de referência (sem qualquer tipo de reforço), cuja rotura ocorreu para 1% de deslocamento horizontal relativo, os outros modelos atingiram a rotura para deslocamentos significativamente mais elevados, acima dos 2.5% e chegando a ultrapassar os 6%.