Colecionador civilizado

Colecionador civilizado é o título deste breve ensaio que apropriamos a Diogo de Macedo. Para o escultor e crítico de arte, a classificação refere-se àquele que, sabendo escolher e defender pintores e pinturas, também sabia partilhar as escolhas com o público, proporcionado conhecimento e prazer aos que as observavam. Estas considerações acontecem em 1945, a pretexto da exposição inaugural da Livraria Portugália, no Porto. Mostrou-se um conjunto de pinturas da coleção de Agostinho Fernandes, um empresário algarvio, então sócio-gerente daquela Livraria, num tempo em que não se estranhava as livrarias exibirem obras de arte para vender.