Abstract
Falar em abstração em relação ao Cinema é, contra as expectativas mais imediatas, falar de uma temática fundamental que atravessa os dois momentos mais importantes do processo fílmico como um todo. Um primeiro tem a ver com a conexão das imagens com a matéria que é representada. Centra-se, por isso, no processo criativo e nas imagens criadas no e através do dispositivo Cinema. O segundo momento diz respeito à experiência produzida com e pelo Cinema, isto é, acontece na ligação que o espectador estabelece as imagens projetadas no ecrã e que determina os processos de percepção e os mecanismos de cognição fílmicos.
De cada um destes dois momentos nascem vários percursos que, apesar de terem temáticas e problemas muito específicos, convergem e, por vezes, entram até em disputa e conflito.
Neste ensaio procurarei seguir alguns desses trajetos, à luz da capacidade que o Cinema tem de questionar a própria ideia de Abstração, de a mobilizar de forma única e de pensar sobre e com ela. Isto implica, necessariamente, discutir como a temática da Abstração constitui, desde sempre, um dos lugares privilegiados a partir do qual se lançam as bases determinantes para o estabelecimento de uma Ontologia do Cinema (e não propriamente apenas da imagem do cinema, mas do dispositivo cinematográfico como um todo). Será, como dizia, sobretudo, a permanente relação entre a Abstração e o questionamento ontológico do Cinema que servirá de guia orientador deste artigo.
De cada um destes dois momentos nascem vários percursos que, apesar de terem temáticas e problemas muito específicos, convergem e, por vezes, entram até em disputa e conflito.
Neste ensaio procurarei seguir alguns desses trajetos, à luz da capacidade que o Cinema tem de questionar a própria ideia de Abstração, de a mobilizar de forma única e de pensar sobre e com ela. Isto implica, necessariamente, discutir como a temática da Abstração constitui, desde sempre, um dos lugares privilegiados a partir do qual se lançam as bases determinantes para o estabelecimento de uma Ontologia do Cinema (e não propriamente apenas da imagem do cinema, mas do dispositivo cinematográfico como um todo). Será, como dizia, sobretudo, a permanente relação entre a Abstração e o questionamento ontológico do Cinema que servirá de guia orientador deste artigo.
Translated title of the contribution | Cinema and Abstraction: From mathematization to pure sensoriality |
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Original language | Portuguese |
Title of host publication | Cinema |
Subtitle of host publication | um compêndio filosófico |
Editors | João Mário Grilo, Maria Irene Aparício |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Edições Colibri |
Pages | 303-322 |
Number of pages | 19 |
ISBN (Print) | 978- 989-689-342-2 |
Publication status | Published - 2014 |
Publication series
Name | Extra-colecção |
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Keywords
- Cinema
- Abstração
- Cinema abstracto
- sensorialidade
- Corpo