Abstract
Jornalista na redação do Público durante quase 20 anos, Catarina Gomes decidiu distender as histórias que encontrou nos dias velozes da reportagem, suspender o tempo e eterniná- las nas páginas de livros. Não foi e não é um processo fácil. Exige curiosidade inesgotável pelo mundo e pelo outro, determinação, tempo e investimento financeiro de que o jornalismo de imprensa português parece já não dispor.
Sem perder o sentido jornalístico que a orientou e transformou na jornalista premiada que é hoje, volvidas duas décadas de exercício profissional, Catarina Gomes deixa-se levar pela curiosidade que lhe incita cada história e a vida das pessoas que a reportagem é obrigada a condensar. As grandes reportagens “Quem é o filho que António ganhou na Guerra” e “Filhos do Vento”, de 2013, que levaram ao livro Furriel Não é Nome de Pai, publicado em 2018, pela Tinta-da-China, valeram-lhe os prémios Gazeta, na categoria Multimédia, AMI - Jornalismo Contra a Indiferença, o Prémio Literário Orlando Gonçalves e ainda a distinção Internacional de Jornalismo Rei de Espanha. Uma das peças foi, inclusive, finalista do Prémio Gabriel García Márquez.
Para além de outras histórias que se cruzaram com a autora no quotidiano das notícias na editoria de Sociedade, uma re- portagem de 2011 sobre o fim do hospital psiquiátrico Miguel Bombarda abriu-lhe as portas do sótão da primeira instituição de saúde mental de Portugal. Entre fotografias e pertences de vidas passadas, despertou, graças a uma bolsa de investigação jornalística da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2018, pega- das de gente que se perdeu na condição efémera do Homem e que só vivem em objetos esquecidos.
Também publicado pela Tinta-da-China, o livro Coisas de Loucos – O que Eles Deixaram no Manicómio ainda cheira a fresco nas livrarias e é mais um exemplo de como o jornalismo pode sobreviver para além da atualidade das páginas do jornal ou da rapidez dos meios online. Na convicção de muitos jornalistas- escritores, onde figura Catarina Gomes, o jornalismo narrativo ou literário pode, aliás, ser um caminho precioso para acrescentar valor à profissão, enquanto “agente da democracia”.
Sem perder o sentido jornalístico que a orientou e transformou na jornalista premiada que é hoje, volvidas duas décadas de exercício profissional, Catarina Gomes deixa-se levar pela curiosidade que lhe incita cada história e a vida das pessoas que a reportagem é obrigada a condensar. As grandes reportagens “Quem é o filho que António ganhou na Guerra” e “Filhos do Vento”, de 2013, que levaram ao livro Furriel Não é Nome de Pai, publicado em 2018, pela Tinta-da-China, valeram-lhe os prémios Gazeta, na categoria Multimédia, AMI - Jornalismo Contra a Indiferença, o Prémio Literário Orlando Gonçalves e ainda a distinção Internacional de Jornalismo Rei de Espanha. Uma das peças foi, inclusive, finalista do Prémio Gabriel García Márquez.
Para além de outras histórias que se cruzaram com a autora no quotidiano das notícias na editoria de Sociedade, uma re- portagem de 2011 sobre o fim do hospital psiquiátrico Miguel Bombarda abriu-lhe as portas do sótão da primeira instituição de saúde mental de Portugal. Entre fotografias e pertences de vidas passadas, despertou, graças a uma bolsa de investigação jornalística da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2018, pega- das de gente que se perdeu na condição efémera do Homem e que só vivem em objetos esquecidos.
Também publicado pela Tinta-da-China, o livro Coisas de Loucos – O que Eles Deixaram no Manicómio ainda cheira a fresco nas livrarias e é mais um exemplo de como o jornalismo pode sobreviver para além da atualidade das páginas do jornal ou da rapidez dos meios online. Na convicção de muitos jornalistas- escritores, onde figura Catarina Gomes, o jornalismo narrativo ou literário pode, aliás, ser um caminho precioso para acrescentar valor à profissão, enquanto “agente da democracia”.
Translated title of the contribution | Catarina Gomes: “Journalism can be a north in the information jungle” |
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Original language | Portuguese |
Title of host publication | Comunicação, Cultura e Jornalismo Cultural |
Editors | Jaime Lourenço, Paula Lopes |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | NIP-C@M & UAL |
Pages | 265-276 |
Number of pages | 11 |
ISBN (Electronic) | 978-989-9002-15-9 |
ISBN (Print) | 978-989-9002-14-2 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2021 |