Abstract
Este artigo apresenta e analisa as reflexões de Ernst Cassirer, concentradas em dois textos, sobre a técnica. Para a sua compreensão começa-se por estudar a sua filosofia das formas simbólicas, mostrando a sua fidelidade ao método transcendental kantiano; considera-se depois o pensamento alemão seu contemporâneo sobre a técnica, que inscreve esta no campo da cultura. No ensaio “Forma e técnica” (1930), Cassirer analisa a essência específica da técnica enquanto forma simbólica, bem como as suas relações com as outras formas simbólicas: o mito, a arte, a ciência e o cosmo ético. No livro O mito do estado
(1946), a construção da ideologia totalitária é explicada pela fusão da técnica com o mito, apresentando-se a genealogia do mito ariano e as técnicas de manipulação ao seu serviço. Cassirer dá-nos uma visão dramática do campo da cultura, a qual difere da do pessimismo da perspectiva trágica de Simmel, afirmando que a missão da filosofia é a de ser uma consciência lógica da cultura, simultaneamente sabendo-se colocar contra e para além dos tempos.
(1946), a construção da ideologia totalitária é explicada pela fusão da técnica com o mito, apresentando-se a genealogia do mito ariano e as técnicas de manipulação ao seu serviço. Cassirer dá-nos uma visão dramática do campo da cultura, a qual difere da do pessimismo da perspectiva trágica de Simmel, afirmando que a missão da filosofia é a de ser uma consciência lógica da cultura, simultaneamente sabendo-se colocar contra e para além dos tempos.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 387-408 |
Number of pages | 22 |
Journal | Scientiae Studia |
Volume | 14 |
Issue number | 2 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Cassirer
- Forma
- Formas simbólicas
- Técnica
- Mito do estado