Abstract
Salvini escreveu sobre poemas de Camilo “Queres a flor” e “A uma morta”. Esta última foi uma das canções retiradas do Cancioneiro. Porém ela seria publicada isoladamente pela editora H. Barreto do Porto. Este poema foi originalmente publicado por Camilo no livro “Duas épocas na vida” e, segundo a “Revista Bibliográfica de Camilo”, “São muito raros os exemplares desta composição musical feita sobre versos de Camilo”. Já “Queres a flor” foi publicado a 5 de Março de 1851 em “Miscelânea Poética”. Salvini fez algumas alterações ao poema original de Camilo, nomeadamente substituí, logo no 1º verso “Em má hora anjo perdido” por “Em má hora amiga íntima”. Esta prática era comum neste compositor, como nos explica o próprio no Prólogo do Cancioneiro, “Muitas vezes troca-se uma palavra por outra em virtude d’uma vogal ou d’uma consoante, que se opõe mais ou menos à facilidade do acento ou da articulação, e isto sem alterar o sentido da phrase, nem violentar o espírito da língua” ( Prologo ,1865, p. VIII).
Por não fazer parte do Cancioneiro, a canção “A uma morta” não foi gravada no disco dedicado a Salvini, que irá ser apresentado no TeCA , mas ela não deixará de ser escutada neste evento, que conta ainda com “Queres a flor”, e outras canções de Salvini. Destacamos a belíssima “Os meus martírios” com poema de Alexandre Braga, o Epitalâmio (canção de celebração nupcial) “Oh! Rosas Purpurinas” , com poema de Gonçalves Crespo, poeta luso-brasileiro contemporâneo de Camilo, e dedicado a Joana Lehmann Andresen (avó de Sophia de Mello Breyner Andresen) e a inquietante “Canção Cínica”, uma canção que compara o ciclo da vida a uma roda de fiar, onde “qual o fio passa o amor, a morte só é constante”.
Por não fazer parte do Cancioneiro, a canção “A uma morta” não foi gravada no disco dedicado a Salvini, que irá ser apresentado no TeCA , mas ela não deixará de ser escutada neste evento, que conta ainda com “Queres a flor”, e outras canções de Salvini. Destacamos a belíssima “Os meus martírios” com poema de Alexandre Braga, o Epitalâmio (canção de celebração nupcial) “Oh! Rosas Purpurinas” , com poema de Gonçalves Crespo, poeta luso-brasileiro contemporâneo de Camilo, e dedicado a Joana Lehmann Andresen (avó de Sophia de Mello Breyner Andresen) e a inquietante “Canção Cínica”, uma canção que compara o ciclo da vida a uma roda de fiar, onde “qual o fio passa o amor, a morte só é constante”.
Translated title of the contribution | Portuguese Songbook: Concert and CD release |
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Original language | Portuguese |
Publication status | Published - 3 Mar 2018 |