Camilo Pessanha: o ritmo como imagem

Research output: Contribution to journalArticlepeer-review

Abstract

A poesia de Camilo Pessanha representa um Simbolismo muito peculiar, esteticamente ligado à sonoridade lírica, mais próximo dos simbolistas franceses, como Verlaine e Baudelaire, do que dos autores decadentistas, privilegiando o ritmo em detrimento da ideia, na linha do Manifeste du Symbolisme de Jean Moréas, de 1886.
Dividimos a nossa análise da poesia de Camilo Pessanha em quatro pontos fundamentais: o primeiro, referente à criação de imagens sonoras através do ritmo e questões do âmbito estilístico, correspondente a um Simbolismo preliminar; o segundo, que se relaciona com a criação metafórica dos sons; o nível seguinte, correspondente à saturação das formas metafóricas, através de imagens que as esvaziam de sentido; e, por último, o nível ligado à forma mais acabada do ritmo e do esgotamento da forma, cujo fim é a procura da beleza. No entanto, nesta busca Camilo Pessanha aproxima-se de imagens decadentistas, acabando por influenciar, desta forma, a geração modernista.
Original languagePortuguese
Pages (from-to)57-65
Number of pages9
JournalRevista de Cultura do Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau - Edição Internacional
Issue number56
Publication statusPublished - 2018

Keywords

  • Simbolismo
  • Decadentismo
  • Belle Époque
  • Poesia
  • Estética
  • Camilo Pessanha (1867-1926)
  • Imagética

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