Abstract
A poesia de Camilo Pessanha é reconhecida sobretudo pela representação de um Simbolismo peculiarmente ligado à sonoridade lírica, aproximando-se da estética simbolista francesa. No entanto, apesar da sonoridade difusa, a poesia de Camilo Pessanha procura fixar-se semântica e estilisticamente numa imagética decadentista, sugerida através da exploração de espectros cromáticos equívocos, típicos da Belle Époque, os quais reflectem as fragilidades do sujeito poético. Os matizes são apreendidos em função dos sentimentos ligados à vida, às sensações de estagnação e à imobilidade, em conformidade com o imaginário visual da época, já que se trata de um período obcecado, na arte e na técnica, com a preservação das imagens.
Original language | Portuguese |
---|---|
Title of host publication | 1867 — Um Ano de Gigantes |
Subtitle of host publication | Raul Brandão, António Nobre e Camilo Pessanha |
Editors | Ernesto Rodrigues |
Place of Publication | Lisboa |
Publisher | CLEPUL |
Pages | 67-78 |
Number of pages | 12 |
ISBN (Electronic) | 978-989-8916-01-3 |
Publication status | Published - 2018 |
Keywords
- Simbolismo
- Decadentismo
- Camilo Pessanha (1867-1926)
- Visualismo
- Belle Époque
- Imagética