Abstract
In this essay, I will argue for the relevance of the visual production of several contemporary black women artists for the shattering of Eurocentric stereotypes and racist and patriarchal narratives, which, as legacies of the colonial and enslaving past, continue to wound the social and psychic lives of non-white people. While envisaging contemporary artistic practice as being in close
dialogue with, or located within, other epistemic and cultural practices – such as the disciplinary fields of history and art history, and visual culture at large –, which have produced and reproduced racist discourses and racialized subjectivities for centuries, I will examine the ways in which black
women artists break Eurocentric canons and counter racism, patriarchy, capitalism, homophobia, transphobia, and ableism from within the specific field of contemporary art, in between theory and practice, and drawing on the invaluable lessons of intersectional feminism. Relevant examples
will be works by Grada Kilomba (Portugal, 1968), Eurídice Kala aka Zaituna Kala (Mozambique, 1987), and Keyezua (Angola, 1988). This essay will consider the ethico-political valences of such critiques through contemporary art, while not avoiding the problems that are inherent to the ways in which neo-liberal capitalism and white privilege remain structurally at the heart of numerous
artistic institutions.
Neste ensaio, argumentarei a favor da relevância da produção visual de várias artistas contemporâneas negras para o quebrar de estereótipos eurocêntricos e de narrativas racistas e patriarcais, que, enquanto legados do passado colonial e escravizador, continuam a ferir as vidas sociais e psíquicas das pessoas não brancas. Considerando a prática artística contemporânea como estando em diálogo próximo com, ou situada no âmbito de, outras práticas epistémicas e
culturais – como os campos disciplinares da história e da história de arte, e a cultura visual em geral –, que têm produzido e reproduzido discursos racistas e racializado subjetividades desde há séculos, examinarei as formas através das quais artistas negras quebram cânones eurocêntricos e combatem o racismo, o patriarcado, o capitalismo, a homofobia, a transfobia e o capacitismo, a partir do campo específico da arte contemporânea, entre a teoria e a prática, e
inspirando-se nas lições valiosas do feminismo interseccional. Exemplos relevantes serão os trabalhos de Grada Kilomba (Portugal, 1968), Eurídice Kala aka Zaituna Kala (Moçambique, 1987) e Keyezua (Angola, 1988). Este ensaio considerará as valências ético-políticas de tais críticas através da arte contemporânea, sem evitar os problemas inerentes às formas pelas quais
o capitalismo neoliberal e o privilégio branco permanecem estruturalmente no âmago de inúmeras instituições artísticas.
dialogue with, or located within, other epistemic and cultural practices – such as the disciplinary fields of history and art history, and visual culture at large –, which have produced and reproduced racist discourses and racialized subjectivities for centuries, I will examine the ways in which black
women artists break Eurocentric canons and counter racism, patriarchy, capitalism, homophobia, transphobia, and ableism from within the specific field of contemporary art, in between theory and practice, and drawing on the invaluable lessons of intersectional feminism. Relevant examples
will be works by Grada Kilomba (Portugal, 1968), Eurídice Kala aka Zaituna Kala (Mozambique, 1987), and Keyezua (Angola, 1988). This essay will consider the ethico-political valences of such critiques through contemporary art, while not avoiding the problems that are inherent to the ways in which neo-liberal capitalism and white privilege remain structurally at the heart of numerous
artistic institutions.
Neste ensaio, argumentarei a favor da relevância da produção visual de várias artistas contemporâneas negras para o quebrar de estereótipos eurocêntricos e de narrativas racistas e patriarcais, que, enquanto legados do passado colonial e escravizador, continuam a ferir as vidas sociais e psíquicas das pessoas não brancas. Considerando a prática artística contemporânea como estando em diálogo próximo com, ou situada no âmbito de, outras práticas epistémicas e
culturais – como os campos disciplinares da história e da história de arte, e a cultura visual em geral –, que têm produzido e reproduzido discursos racistas e racializado subjetividades desde há séculos, examinarei as formas através das quais artistas negras quebram cânones eurocêntricos e combatem o racismo, o patriarcado, o capitalismo, a homofobia, a transfobia e o capacitismo, a partir do campo específico da arte contemporânea, entre a teoria e a prática, e
inspirando-se nas lições valiosas do feminismo interseccional. Exemplos relevantes serão os trabalhos de Grada Kilomba (Portugal, 1968), Eurídice Kala aka Zaituna Kala (Moçambique, 1987) e Keyezua (Angola, 1988). Este ensaio considerará as valências ético-políticas de tais críticas através da arte contemporânea, sem evitar os problemas inerentes às formas pelas quais
o capitalismo neoliberal e o privilégio branco permanecem estruturalmente no âmago de inúmeras instituições artísticas.
Original language | English |
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Pages (from-to) | 79-100 |
Number of pages | 22 |
Journal | Vista - revista de cultura visual |
Issue number | 6 |
Publication status | Published - 2020 |
Keywords
- intersectional feminism and anti-racism
- black women artists
- Grada Kilomba
- Eurídice Kala aka Zaituna Kala
- Keyezua
- feminismo interseccional e anti-racismo
- artistas negras