Abstract
Este livro nasceu de uma pergunta: Rafael Bordalo Pinheiro foi um artista ou um jornalista? Olhando para o enorme legado artístico que deixou, a pergunta parece quase escandalosa. Bordalo foi artista, e um dos maiores!
Mas existe também um Bordalo que revoluciona o jornalismo ao longo de 35 anos de vida nas redações de nove jornais ilustrados, três deles fundados no Brasil (O Mosquito (1875), Psit!!! (1877) e O Besouro (1878). Desde O Binóculo (1870), primeiro hebdomadário de caricaturas a ser vendido dentro dos teatros, passando pela Lanterna Mágica (1875), que reunia sob um mesmo pseudónimo (Gil Vaz) os contributos de Guerra Junqueiro e de Guilherme de Azevedo, pelas duas séries d’ O António Maria (1879 e 1891), onde teve a colaboração de Ramalho Ortigão, e pelos dois últimos jornais, Pontos nos ii (1885) e A Paródia (1900), deu os melhores anos ao jornalismo. Este caderno resume os valores que
orientaram o jornalista Bordalo Pinheiro. À luz da crise atual da profissão, praticou a fórmula quase perfeita: independente, criativo, inovador, crítico, em diálogo com os leitores e com a história. Regressar aos seus jornais é mergulhar na realidade social e política de Oitocentos, surpreendidos pela grandeza da imaginação, o rigor do talento visual e narrativo, e a acutilância
das ideias. A pergunta de partida abre a resposta que une as duas dimensões porque, no universo fusional de Bordalo Pinheiro, a análise e o sentimento caminham, alegres, de mãos dadas: foi um artista-jornalista-artista.
Mas existe também um Bordalo que revoluciona o jornalismo ao longo de 35 anos de vida nas redações de nove jornais ilustrados, três deles fundados no Brasil (O Mosquito (1875), Psit!!! (1877) e O Besouro (1878). Desde O Binóculo (1870), primeiro hebdomadário de caricaturas a ser vendido dentro dos teatros, passando pela Lanterna Mágica (1875), que reunia sob um mesmo pseudónimo (Gil Vaz) os contributos de Guerra Junqueiro e de Guilherme de Azevedo, pelas duas séries d’ O António Maria (1879 e 1891), onde teve a colaboração de Ramalho Ortigão, e pelos dois últimos jornais, Pontos nos ii (1885) e A Paródia (1900), deu os melhores anos ao jornalismo. Este caderno resume os valores que
orientaram o jornalista Bordalo Pinheiro. À luz da crise atual da profissão, praticou a fórmula quase perfeita: independente, criativo, inovador, crítico, em diálogo com os leitores e com a história. Regressar aos seus jornais é mergulhar na realidade social e política de Oitocentos, surpreendidos pela grandeza da imaginação, o rigor do talento visual e narrativo, e a acutilância
das ideias. A pergunta de partida abre a resposta que une as duas dimensões porque, no universo fusional de Bordalo Pinheiro, a análise e o sentimento caminham, alegres, de mãos dadas: foi um artista-jornalista-artista.
Original language | Portuguese |
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Place of Publication | Lisboa |
Publisher | Museu Bordalo Pinheiro / EGEAC |
Number of pages | 49 |
Publication status | Published - 2022 |
Publication series
Name | Cadernos de Bordalo |
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Volume | 4 |
Keywords
- Bordalo Pinheiro
- Jornalista
- Artista
- O Mosquito
- Psit!!!
- O Besouro
- O Binóculo
- Lanterna Mágica
- Gil Vaz
- Pontos nos ii
- A Paródia