Autognose pátria no romance Directa, de Nuno Bragança

Research output: Contribution to journalArticlepeer-review

13 Downloads (Pure)

Abstract

O escritor português Nuno Bragança (1929-1985) resistiu à ditadura fascista em duas frentes: seja como militante oposicionista (fez parte dos “católicos progressistas” e colaborou com as Brigadas Revolucionárias), seja como escritor. Aliás, seu companheiro de luta, Carlos Antunes, o define como “guerrilheiro escritor”. Nota-se, enquanto escritor, seu desejo de investigar a fundo os condicionantes históricos do presente português a fim de se pensar um Portugal outro, mais livre e justo. É a autognose pátria – ou seja, a tentativa de interpretar a entidade histórica chamada Portugal – que se põe a serviço da resistência e da ação política. E no romance Directa, esse empenho se torna evidente. Pretende-se, neste artigo, falar brevemente do contexto político em que a obra foi escrita e mencionar elementos de resistência na biografia do autor. Também se pretende mostrar em que consiste esse movimento interpretativo, incluindo o nome de Nuno Bragança numa linhagem de autores-intérpretes de Portugal.
Original languagePortuguese
Pages (from-to)103-117
Number of pages15
JournalRevista Entrelaces
Volume10
Issue number22
Publication statusPublished - 2020

Keywords

  • Literatura portuguesa
  • Nuno Bragança
  • Autognose pátria
  • Estado novo

Cite this