Abstract
Levando em consideração o feminismo como movimento social e ativismo digital, analisamos comparativamente as páginas feministas brasileira e portuguesa com maior número de seguidores no Facebook, respectivamente Não me Kahlo e Capazes. Neste estudo exploratório, utilizámos a fer‑ramenta Netvizz para mapear os conteú‑dos publicados em março de 2016, numa análise quanti‑qualitativa. Os resultados sublinham semelhanças nas temáticas abordadas que apontam para um enlace identitário (Pereira, 2011) entre os dois per‑fis, mas também diferentes ‘nós’ feministas (Tomazetti, 2015) em função das caracte‑rísticas de cada página e do contexto dos países. Na página portuguesa prevalecem narrativas individuais e pessoais, num tom intimista e confessional, com posições político‑partidárias pouco explícitas, num feminismo em primeira pessoa, próximo ao que Galloway (1997) chama de ciberfemi‑nismo conservador. Na página brasileira, os discursos são fortemente politizados, em tons reativos, reivindicativos ou de denún‑cias, que remetem para o feminismo como causa coletiva, no que Boix e Miguel (2013) chamam de ciberfeminismo social.
Translated title of the contribution | Feminist activism on Facebook: a comparative analysis of the pages Não me Kahlo (Brazil) and Capazes (Portugal) |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 31-46 |
Number of pages | 15 |
Journal | Mediapolis – Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público |
Issue number | 7 |
Publication status | Published - 2018 |
Keywords
- feminismo
- ciberativismo
- Brasil
- Portugal