Abstract
pessoas, participantes (de alguma forma simbióticas) de ressurreição da natureza, encontra-se presente, mesmo que implícita, em muitos rituais vegetativos.
Em Portugal, como no resto da Europa, chegaram aos nossos dias múltiplas reminiscências de arcaicos costumes, fragmentos de ações míticas, quantas vezes arcanas, através dos quais de expressava e, de alguma forma consubstanciava, o eclodir da Primavera.
A entrada de Maio era muitas vezes assinalada pela construção de efígies antropomorfas feitas de palha e adornadas com folhagens e flores ou incorporada por indivíduos igualmente cobertos de ramos e ornamentados por enfeites florais; encarnando a força da vegetação ou personificando as suas míticas manifestações.
Configuravam, assim, como que um duplo antropomorfo das forças vegetativas ou, se quisermos, duma forma mais prosaica, um espírito da vegetação.
Todas estas figuras, catalisadores de uma natureza potencialmente fértil, davam origem, depois, a alegres cantos e, muitas vezes, licenciosas danças
Dança a aldeia (crianças e jovens, rapazes e raparigas) em redor de uma árvore ou de um mastro (o seu “axis mundus”) colocados, no largo principal da povoação.
Em Portugal, como no resto da Europa, chegaram aos nossos dias múltiplas reminiscências de arcaicos costumes, fragmentos de ações míticas, quantas vezes arcanas, através dos quais de expressava e, de alguma forma consubstanciava, o eclodir da Primavera.
A entrada de Maio era muitas vezes assinalada pela construção de efígies antropomorfas feitas de palha e adornadas com folhagens e flores ou incorporada por indivíduos igualmente cobertos de ramos e ornamentados por enfeites florais; encarnando a força da vegetação ou personificando as suas míticas manifestações.
Configuravam, assim, como que um duplo antropomorfo das forças vegetativas ou, se quisermos, duma forma mais prosaica, um espírito da vegetação.
Todas estas figuras, catalisadores de uma natureza potencialmente fértil, davam origem, depois, a alegres cantos e, muitas vezes, licenciosas danças
Dança a aldeia (crianças e jovens, rapazes e raparigas) em redor de uma árvore ou de um mastro (o seu “axis mundus”) colocados, no largo principal da povoação.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 25-27 |
Number of pages | 3 |
Journal | Revista Nacional Casa do Professor |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Antropomorfo
- Calendas
- Fertilidade
- Maias
- Maios-moços
- Personificações
- Primavera
- Regeneração
- Vegetação