Abstract
Este artigo procura compreender, através do trabalho artístico de Gonçalo Mabunda e de Hilário Nhatugueja, como o Núcleo de Arte de Maputo leva a cabo uma “reciclagem” e reprodução dos ícones de guerra, de forma a criar toda uma produção identitária baseada na memória histórica. Debruço-me sobre a forma como as esculturas podem abrir espaço a um lugar de memória liminar que permite a negociação de significados e mnemónicas associadas à Guerra Civil, espelhando contramemórias coadas pelas experiências pessoais dos artistas. Analisa-se a capacidade expressiva e simbólica da linguagem escultórico-performativa enquanto comunicadora de significados sociais e políticos e como forma de mise-en-scène do “drama social”.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 65-76 |
Number of pages | 12 |
Journal | Forum Sociológico |
Issue number | 31 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2017 |
Keywords
- Escultura
- Performance
- Resistência
- Memória