Abstract
No encadeamento em torno das descobertas e evoluções tecnológicas para o desenvolvimento dos torpedos móveis, que se verificou até ao final da guerra de 191418, assim como o desejo de vir a comandar à distância um torpedo lançado no mar levou ao aparecimento de diversas soluções, mas foram as necessidades da guerra que terão determinado o rumo do desenvolvimento que se conhece. Foram vários os projectos inovadores na área electromagnética de telecomando que não conseguiram vencer, muito porque os projectos mecânicos não alcançavam os níveis de performance que os torpedos Whitehead já alcançavam na época, ou porque a produção se demonstrava excessivamente dispendiosa para uma produção em massa que viesse a ter impacto na guerra. Artur Schiappa Monteiro, engenheiro militar português, não é hoje conhecido internacionalmente como um dos inventores de comandos à distância do início do século XX, apesar do seu trabalho na Escola de Torpedos e Electricidade ou em prol da defesa do Campo Entrincheirado de Lisboa durante a Grande Guerra, no sentido de habilitar a Marinha Portuguesa com um mecanismo-electromagnético com a capacidade de dirigir à distância um torpedo, ou qualquer outro veículo móvel. É interessante conhecer o enquadramento da sua invenção e o seu esforço para conseguir a produção do seu torpedo flutuante, assim como o reconhecimento que a sua invenção obteve por parte do Ministério da Guerra e do Ministério da Marinha em 1916. O artigo tem como objectivo abordar o desenvolvimento do invento de Artur Schiappa Monteiro e o seu enquadramento internacional.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 477-497 |
Number of pages | 21 |
Journal | Anais do Clube Militar Naval |
Volume | 148 |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Grande Guerra
- Schiappa Monteiro
- Torpedo
- Telecíneo
- Portugal