Abstract
A longevidade do aproveitamento dos recursos naturais na área de Muge, Salvaterra de Magos, tem sido abundantemente estudada no âmbito dos estudos das comunidades pré-históricas que ciclicamente se instalavam no vale do rio tejo. A fábrica de descasque de arroz da Casa Cadaval, instalada em meados do século XX e apenas recentemente encerrada, faz-nos olhar para esta continuidade entre pré-história e história recente, à luz da evolução tecnológica e da diversificação de produtos, mas sempre numa lógica de aproveitamento eficiente dos recursos naturais. A perspectiva arqueológica sobre esta fábrica permite-nos então vê-la no contexto do tempo longo, da interação entre território, fábrica e comunidade, e da análise sistemática e sistémica do património tangível e intangível a ela associados. Neste artigo os autores propõem um olhar sobre as metodologias utilizadas para compreender o lugar, com foco no registo, e nas leituras que podem hoje ser realizadas com recurso a novas tecnologias de documentação e de partilha de dados.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 67-84 |
Number of pages | 17 |
Journal | Magos - Revista Cultural do Concelho de Salvaterra de Magos |
Volume | 7 |
Publication status | Published - 2020 |
Keywords
- arqueologia industrial
- 3D modeling
- varrimento laser