Abstract
A indústria da construção é responsável por um terço do total de resíduos produzidos na U E. A substituição de areia natural em materiais de construção, tais como betões ou argamassas, por resíduos de construção e demolição (RCD) é vista como uma alternativa favorável, já que aumenta o ciclo de vida dos resíduos e reduz o uso de recursos naturais. Estes agregados, que em geral contêm proporções elevadas de materiais cimentícios, têm algum potencial de carbonatação e, portanto, capacidade para a captura de CO2. Os RCD, em contacto com o CO2, reagem quimicamente através da carbonatação, o que expetavelmente contribui para o aumento da sua massa volúmica e redução da porosidade. Assim, os RCD carbonatados serão mais resistentes e menos absorventes, o que pode favorecer as propriedades das argamassas, em comparação com os mesmos agregados reciclados não carbonatados.
No estudo apresentado, os RCD foram expostos a um elevado nível de CO2 (25% CO2, 60% RH e 23 °C) durante 5 horas e por 5 dias antes de serem incorporados em argamassas, substituindo 50% e 100% (em volume) do agregado natural. As argamassas foram produzidas com um traço volumétrico de 1:4 (cimento: agregado) com agregados naturais (argamassa de referência), agregados reciclados de RCD não carbonatados e carbonatados durante cada um dos períodos.
A avaliação destas argamassas foi feita em termos de: características mecânicas, por ultrassons, aderência ao suporte e suscetibilidade à fendilhação; de comportamento à água, através de ensaios de permeabilidade à água sob baixa pressão (tubos de Karsten) e porosidade aberta.
Verificou-se que os RCD sujeitos a períodos curtos de exposição ao CO2 (5 horas) melhoraram as suas características, ao contrário dos agregados que foram expostos durante períodos longos (5 dias).
Assim, a carbonatação forçada, além de reduzir as emissões de CO2, pode também melhorar as características dos agregados reciclados e das argamassas com eles produzidas, o que aumenta os níveis de confiança no seu uso. No entanto, é necessário otimizar o período e as condições de carbonatação.
No estudo apresentado, os RCD foram expostos a um elevado nível de CO2 (25% CO2, 60% RH e 23 °C) durante 5 horas e por 5 dias antes de serem incorporados em argamassas, substituindo 50% e 100% (em volume) do agregado natural. As argamassas foram produzidas com um traço volumétrico de 1:4 (cimento: agregado) com agregados naturais (argamassa de referência), agregados reciclados de RCD não carbonatados e carbonatados durante cada um dos períodos.
A avaliação destas argamassas foi feita em termos de: características mecânicas, por ultrassons, aderência ao suporte e suscetibilidade à fendilhação; de comportamento à água, através de ensaios de permeabilidade à água sob baixa pressão (tubos de Karsten) e porosidade aberta.
Verificou-se que os RCD sujeitos a períodos curtos de exposição ao CO2 (5 horas) melhoraram as suas características, ao contrário dos agregados que foram expostos durante períodos longos (5 dias).
Assim, a carbonatação forçada, além de reduzir as emissões de CO2, pode também melhorar as características dos agregados reciclados e das argamassas com eles produzidas, o que aumenta os níveis de confiança no seu uso. No entanto, é necessário otimizar o período e as condições de carbonatação.
Translated title of the contribution | Mortar with CDW recycled aggregates under forced carbonation: Assessment of performance em applied on brick |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 24-28 |
Number of pages | 5 |
Journal | Pedra e Cal |
Issue number | 72 |
Publication status | Published - 2022 |
Keywords
- Captura e armazenamento de carbono
- Argamassas de revestimento
- Agregados reciclados
- Carbonatação forçada