Abstract
The Portuguese maritime expansion in the Atlantic to African west coast, Macaronesia islands and American continent, occurred between 15th – 16th
century, was the result of several initial exploratory trips to these unknown territories. During these trips the observation of landscape and selection places of interest was necessarily based on European references of settlement and survival. In this sense, areas who look favorable for farming, with fresh water and good for anchoring were elected to settlement by the explorers.
To understand if there was any pattern regarding the classification of natural elements in the original evaluation of the chosen places, it will be analyzed in
this work if is there any regularity on the way how places had been elected, such as bays and anchoring areas to ports function. To get this information there is a
need to look for common denominators on coastal interface choices, including the identification of good shelters and bays. In a different approach of what
happened in Asia, where a century old dynamics of navigation and trade contributed to the diversity of port cities, with more or less developed physical structures at the arrival of the first Europeans, in the “New World” the lack of artificial structures prior to the arrival of Castillian and Portuguese lead them to choose the places by trial and error by loading and unloading movements and consequently choose the best places for settlement of the cities who assist these ports. From this starting point, and based on historical, archaeological terrestrial
and aquatic) geographic and cartographic sources, this study we will be
undertaken by comparative analysis about the election processes of coastal occupation of Angra in Azores, Funchal in Madeira and Bahia in Brazil.
Nos séculos XV-XVI, a expansão marítima portuguesa no Atlântico, em direção a territórios até então desconhecidos, desenvolveu-se a partir de um conjunto inicial de viagens exploratórias, nomeadamente à costa ocidental africana, às ilhas da Macaronésia e ao continente americano. Nas viagens então feitas, a
determinação dos locais de assentamento era feita tendo por base os
referentes que os exploradores já possuíam relativamente às potencialidades da sua sobrevivência e exploração dessas novas paisagens. Nesse sentido, terrenos que aparentassem ser favoráveis à exploração agrícola, com fontes de água e a possibilidade de neles se vir a desenvolver a função de porto, eram algumas das
características inerentes ao olhar interessado dos primeiros exploradores. Tanto nas ilhas atlânticas como em África ou no Brasil foi desde cedo notória a preocupação de se encontrarem locais favoráveis à segura ancoragem dos navios de modo a garantir boa ligação a terra. Para percebermos se terá ou não existido um padrão na classificação dos elementos naturais considerados importantes na
avaliação primeira dos lugares escolhidos, teremos de analisar alguns dos denominadores comuns à escolha destes espaços de interface marítimo, nomeadamente a necessidade de existência de bom abrigo e de bons locais de ancoragem. Numa abordagem distinta do que aconteceu na Ásia, onde uma secular dinâmica de navegação e comércio contribuíra para a existência de uma
diversidade de cidades portuárias, com estruturas físicas mais ou menos desenvolvidas à data da chegada dos Europeus, a inexistência de estruturas portuárias prévias à chegada de Castelhanos e Portugueses às paisagens do “Novo Mundo” originou que a sua determinação fosse antes feita pela tentativa e erro, processo esse que determinou a emergência de uma nova perceção sobre quais os melhores locais para as ações de carga e descarga e consequente assentamento dos futuros aglomerados urbanos a servir esses portos. A partir deste quadro, e com base em fontes históricas (literatura de viagem e relatos dos cronistas), arqueológicas (terrestres e subaquáticas), geomorfológicas e cartográficas, iremos neste estudo proceder à análise comparativa dos processos de eleição e ocupação costeira dos casos: Angra nos Açores, Funchal na Madeira e Baía no Brasil.
century, was the result of several initial exploratory trips to these unknown territories. During these trips the observation of landscape and selection places of interest was necessarily based on European references of settlement and survival. In this sense, areas who look favorable for farming, with fresh water and good for anchoring were elected to settlement by the explorers.
To understand if there was any pattern regarding the classification of natural elements in the original evaluation of the chosen places, it will be analyzed in
this work if is there any regularity on the way how places had been elected, such as bays and anchoring areas to ports function. To get this information there is a
need to look for common denominators on coastal interface choices, including the identification of good shelters and bays. In a different approach of what
happened in Asia, where a century old dynamics of navigation and trade contributed to the diversity of port cities, with more or less developed physical structures at the arrival of the first Europeans, in the “New World” the lack of artificial structures prior to the arrival of Castillian and Portuguese lead them to choose the places by trial and error by loading and unloading movements and consequently choose the best places for settlement of the cities who assist these ports. From this starting point, and based on historical, archaeological terrestrial
and aquatic) geographic and cartographic sources, this study we will be
undertaken by comparative analysis about the election processes of coastal occupation of Angra in Azores, Funchal in Madeira and Bahia in Brazil.
Nos séculos XV-XVI, a expansão marítima portuguesa no Atlântico, em direção a territórios até então desconhecidos, desenvolveu-se a partir de um conjunto inicial de viagens exploratórias, nomeadamente à costa ocidental africana, às ilhas da Macaronésia e ao continente americano. Nas viagens então feitas, a
determinação dos locais de assentamento era feita tendo por base os
referentes que os exploradores já possuíam relativamente às potencialidades da sua sobrevivência e exploração dessas novas paisagens. Nesse sentido, terrenos que aparentassem ser favoráveis à exploração agrícola, com fontes de água e a possibilidade de neles se vir a desenvolver a função de porto, eram algumas das
características inerentes ao olhar interessado dos primeiros exploradores. Tanto nas ilhas atlânticas como em África ou no Brasil foi desde cedo notória a preocupação de se encontrarem locais favoráveis à segura ancoragem dos navios de modo a garantir boa ligação a terra. Para percebermos se terá ou não existido um padrão na classificação dos elementos naturais considerados importantes na
avaliação primeira dos lugares escolhidos, teremos de analisar alguns dos denominadores comuns à escolha destes espaços de interface marítimo, nomeadamente a necessidade de existência de bom abrigo e de bons locais de ancoragem. Numa abordagem distinta do que aconteceu na Ásia, onde uma secular dinâmica de navegação e comércio contribuíra para a existência de uma
diversidade de cidades portuárias, com estruturas físicas mais ou menos desenvolvidas à data da chegada dos Europeus, a inexistência de estruturas portuárias prévias à chegada de Castelhanos e Portugueses às paisagens do “Novo Mundo” originou que a sua determinação fosse antes feita pela tentativa e erro, processo esse que determinou a emergência de uma nova perceção sobre quais os melhores locais para as ações de carga e descarga e consequente assentamento dos futuros aglomerados urbanos a servir esses portos. A partir deste quadro, e com base em fontes históricas (literatura de viagem e relatos dos cronistas), arqueológicas (terrestres e subaquáticas), geomorfológicas e cartográficas, iremos neste estudo proceder à análise comparativa dos processos de eleição e ocupação costeira dos casos: Angra nos Açores, Funchal na Madeira e Baía no Brasil.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Entre Rios e Mares |
Subtitle of host publication | um Património de Ambientes, História e Saberes / Tomo V da Rede Braspor |
Editors | Luís Cancela, Ana Catarina Garcia, Sílvia Dias Pereira, Maria Antonieta C. Rodrigues |
Place of Publication | Rio de Janeiro |
Publisher | n.p. |
Pages | 111-127 |
Number of pages | 16 |
ISBN (Print) | 9788556760081 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Atlantic
- Ports
- Azores
- Madeira
- Brazil
- Atlântico
- Portos
- Açores
- Brasil