Abstract
Aparentemente, a partir de 1914, os animais não estão tão presentes na obra de
Amadeo de Souza-Cardoso. Se muita da fauna inicial de Amadeo é presa e, portanto, alvo de caça, mais tarde, durante a 1ª GM, os insectos surgem na pintura associados a alvos de tiro. Igualmente em simbiose com o alvo, insinuam-se relações com o olho animal e o disco simultaneísta.
Recuando a 1911, ao período dos Galgos, proponho uma reinterpretação do par de cães, tendo em conta as considerações de Amadeo sobre a montanha, e dos seus coelhos enquanto criaturas híbridas que convocam uma segunda paisagem.
Num registo assumidamente exploratório e fragmentário, este ensaio mapeia algumas ideias suscitadas pela animalia de Amadeo, preparando o terreno para futuras indagações mais profundas sobre o lugar dos animais do pintor português no seio do modernismo.
Amadeo de Souza-Cardoso. Se muita da fauna inicial de Amadeo é presa e, portanto, alvo de caça, mais tarde, durante a 1ª GM, os insectos surgem na pintura associados a alvos de tiro. Igualmente em simbiose com o alvo, insinuam-se relações com o olho animal e o disco simultaneísta.
Recuando a 1911, ao período dos Galgos, proponho uma reinterpretação do par de cães, tendo em conta as considerações de Amadeo sobre a montanha, e dos seus coelhos enquanto criaturas híbridas que convocam uma segunda paisagem.
Num registo assumidamente exploratório e fragmentário, este ensaio mapeia algumas ideias suscitadas pela animalia de Amadeo, preparando o terreno para futuras indagações mais profundas sobre o lugar dos animais do pintor português no seio do modernismo.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-16 |
Number of pages | 16 |
Journal | Revista Dobra. Pensar com as Artes |
Issue number | 6 |
Publication status | Published - 2020 |
Keywords
- Amadeo de Souza-Cardoso
- animais
- pintura
- modernismo