Abstract
A terra foi dos primeiros materiais de construção utilizados, uma vez que a construção com este material surgiu com as primeiras sociedades agrícolas. Utilizada durante milénios, caiu em desuso durante o século XX com o desenvolvimento de novas técnicas construtivas realizadas com base em cimento.
A utilização de materiais provenientes do próprio local de produção e construção ou de zonas próximas permite reduzir consumos energéticos e correspondentes libertações de CO2 em transportes. Por outro lado a preparação da terra para ser utilizada também não implica elevados consumos energéticos, uma vez que se baseia apenas numa escavação, destorroamento e homogeneização. A terra de escavação é classificada como resíduo de escavação; assim, a sua aplicação na construção resulta numa redução dos custos e dos consumos para transporte até entidades de gestão de resíduos e sua gestão como resíduo.
Um bloco de terra pode não conter qualquer adição de ligante ou conter apenas uma percentagem baixa (sempre inferior a 50% da utilizada para a produção de betão para blocos). Nas alvenarias de blocos de terra estes são normalmente interligados através de argamassas, com as quais têm de ser compatíveis fisicamente e mecanicamente. Todas estas questões merecem atualmente um grande interesse com vista a uma maior ecoeficiência da construção. No entanto, a variedade existente na composição dos solos dificulta a normalização da construção com terra, havendo necessidade de um maior conhecimento das características deste tipo de construção e dos materiais de terra utilizados.
Recentemente tem sido dedicado a este tipo de construção um maior interesse por parte da indústria e comunidade científica. Nos países mais desenvolvidos, como é o caso da Alemanha, este interesse levou à publicação de normas que definem os requisitos e ensaios que as argamassas de assentamento de terra, os blocos de terra e os rebocos de terra, sem qualquer estabilização química, devem cumprir para poderem ser aplicados.
Neste artigo apresentam-se os requisitos e os métodos de ensaio que a norma alemã define para argamassas de assentamento de terra e uma comparação com a norma europeia para argamassas de assentamento. Para validação apresenta-se a caracterização de uma argamassa de assentamento de terra estabilizada produzida em condições de laboratório na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. São apresentados e discutidos os resultados para a argamassa em estudo, procurando classificá-la de acordo com as normas e comparados os resultados com os obtidos por outros autores em estudos anteriores, salientando os principais requisitos de uma argamassa de assentamento.
A utilização de materiais provenientes do próprio local de produção e construção ou de zonas próximas permite reduzir consumos energéticos e correspondentes libertações de CO2 em transportes. Por outro lado a preparação da terra para ser utilizada também não implica elevados consumos energéticos, uma vez que se baseia apenas numa escavação, destorroamento e homogeneização. A terra de escavação é classificada como resíduo de escavação; assim, a sua aplicação na construção resulta numa redução dos custos e dos consumos para transporte até entidades de gestão de resíduos e sua gestão como resíduo.
Um bloco de terra pode não conter qualquer adição de ligante ou conter apenas uma percentagem baixa (sempre inferior a 50% da utilizada para a produção de betão para blocos). Nas alvenarias de blocos de terra estes são normalmente interligados através de argamassas, com as quais têm de ser compatíveis fisicamente e mecanicamente. Todas estas questões merecem atualmente um grande interesse com vista a uma maior ecoeficiência da construção. No entanto, a variedade existente na composição dos solos dificulta a normalização da construção com terra, havendo necessidade de um maior conhecimento das características deste tipo de construção e dos materiais de terra utilizados.
Recentemente tem sido dedicado a este tipo de construção um maior interesse por parte da indústria e comunidade científica. Nos países mais desenvolvidos, como é o caso da Alemanha, este interesse levou à publicação de normas que definem os requisitos e ensaios que as argamassas de assentamento de terra, os blocos de terra e os rebocos de terra, sem qualquer estabilização química, devem cumprir para poderem ser aplicados.
Neste artigo apresentam-se os requisitos e os métodos de ensaio que a norma alemã define para argamassas de assentamento de terra e uma comparação com a norma europeia para argamassas de assentamento. Para validação apresenta-se a caracterização de uma argamassa de assentamento de terra estabilizada produzida em condições de laboratório na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. São apresentados e discutidos os resultados para a argamassa em estudo, procurando classificá-la de acordo com as normas e comparados os resultados com os obtidos por outros autores em estudos anteriores, salientando os principais requisitos de uma argamassa de assentamento.
Translated title of the contribution | Earth blocs masonries - Influence of masonry mortars |
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Original language | Portuguese |
Title of host publication | ARGAMASSAS 2016 – II Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de Revestimento |
Place of Publication | Coimbra |
Publisher | ITeCons |
Pages | 96-107 |
Number of pages | 12 |
Publication status | Published - 2016 |
Event | ARGAMASSAS 2016 – II Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de Revestimento - ITeCons, Coimbra, Portugal Duration: 16 Jun 2016 → 17 Jun 2016 |
Conference
Conference | ARGAMASSAS 2016 – II Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de Revestimento |
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Country/Territory | Portugal |
City | Coimbra |
Period | 16/06/16 → 17/06/16 |
Keywords
- Terra
- Bloco
- Argamassa
- Alvenaria
- Caracterização