Abstract
“Manucure”, de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), constitui um dos poemas mais importantes da vanguarda na literatura portuguesa, a par das odes de Fernando Pessoa-Álvaro de Campos e dos poemas-manifesto de Almada Negreiros. O presente artigo pretende não só discutir o longo poema no contexto dessa mesma vanguarda, mas igualmente situá-lo no âmbito da obra de Sá-Carneiro, que foi decididamente influenciada pela amizade, nos últimos quatros anos da sua curta vida, com Fernando Pessoa, de que nos chegou extensa e valiosa correspondência. Desta forma, falaremos não só dos elementos tipográficos do poema, do seu intuito e significado no seio do texto, bem como iremos fazer uma leitura próxima da poética e estilística deste autor, do seu contacto e contaminação com outras vanguardas europeias.
Esperamos também demonstrar, com estas notas para a leitura do poema (publicado pela primeira vez no segundo número de Orpheu) a extrema importância das revistas literárias enquanto suporte de criação e difusão dos nomes maiores da literatura portuguesa, especialmente neste primeiro momento do Modernismo português.
Esperamos também demonstrar, com estas notas para a leitura do poema (publicado pela primeira vez no segundo número de Orpheu) a extrema importância das revistas literárias enquanto suporte de criação e difusão dos nomes maiores da literatura portuguesa, especialmente neste primeiro momento do Modernismo português.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 30-41 |
Number of pages | 11 |
Journal | Anuário de Literatura |
Volume | 21 |
Issue number | 2 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Modernismo Português
- Revistas literárias
- Futurismo
- Tipografia