Abstract
O reconhecimento do Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade veio criar um incomensurável campo de possibilidades económicas para entidades públicas e privadas ligadas ao turismo da Região do Alentejo, que exige o questionamento da mercantilização da cultura como estratégia de “desenvolvimento sustentável”. Neste texto, procuro compreender de que forma as pessoas resistem às transformações que lhes são impostas e como as adaptam, a partir de valores e práticas de sociabilidade. Por considerar que as pessoas percepcionam, compreendem e agem sobre os processos de patrimonialização de maneiras diferenciadas, em função das posições sociais que ocupam no lugar de pertença, das características desse lugar, e da posição que este ocupa a nível regional, nacional e transnacional. Esta análise resulta de uma etnografia intensiva e de revisitação da raia do Baixo Alentejo, que entrelaça fontes impressas, fontes Internet, registos audiovisuais e bibliografia, com experiências do terreno e narrativas de pessoas que participam na construção de uma herança cultural significante.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Cantar no Alentejo |
Subtitle of host publication | A Terra, o Passado e o Presente |
Editors | Maria do Rosário Pestana, Luísa Tiago de Oliveira |
Place of Publication | Estremoz |
Publisher | Estremoz Editora |
Pages | 59-88 |
Number of pages | 30 |
ISBN (Print) | 978-989-98644-6-7 |
Publication status | Published - 2017 |
Keywords
- Cante Alentejano
- Património Cultural Imaterial
- Turismo
- Alentejo
- Desenvolvimento sustentável
- Discursos políticos
- Práticas Culturais