A técnica e a cor do romantismo pelas mãos de Tomás de Anunciação

Diogo Sanches, Angela Ferraz, Tatiana Vitorino, Leslie Anne Carlyle, Márcia Vilarigues, Rita Macedo, Maria João Melo

Research output: Chapter in Book/Report/Conference proceedingConference contributionpeer-review

Abstract

No contexto da pintura de paisagem de Tomás de Anunciação predominam os tons quentes dos ocres que compõem vastas manchas tonais que contrastam com a claridade dos azuis dos céus. A par dos verdes, compostos de arsénio e outros de cobre, que se dispersam nas folhagens, o pintor reserva as cores mais intensas e vibrantes como o amarelo de crómio, o azul da Prússia, o azul
ultramarino e o vermelhão para os delicados pormenores que constroem as personagens, frequentemente figuras humanas representando camponeses. Tomando como exemplos as pinturas Paisagem e Animais (1852) ou Vista da Penha de França (1857), a representação das árvores suscita um interesse particular quando, para um esperado verde das folhagens, o pintor recorre a uma paleta essencialmente castanha (Fig. 1). “As árvores tornam-se cenário, discretamente, no seu alindamento convencional, e só os animais finalmente mereciam a sua atenção apaixonada.”(FRANÇA, 1966, 263).
Original languagePortuguese
Title of host publicationActas do IV Congresso de História da Arte Portuguesa em Homenagem a José-Augusto França
PublisherAssociação Portuguesa de Historiadores da Arte (APHA)
Pages200-207
ISBN (Print)978-989-20-4815-4
Publication statusPublished - 2014

Keywords

  • Arte
  • História
  • materiais e técnicas

Cite this