Abstract
No contexto da pintura de paisagem de Tomás de Anunciação predominam os tons quentes dos ocres que compõem vastas manchas tonais que contrastam com a claridade dos azuis dos céus. A par dos verdes, compostos de arsénio e outros de cobre, que se dispersam nas folhagens, o pintor reserva as cores mais intensas e vibrantes como o amarelo de crómio, o azul da Prússia, o azul
ultramarino e o vermelhão para os delicados pormenores que constroem as personagens, frequentemente figuras humanas representando camponeses. Tomando como exemplos as pinturas Paisagem e Animais (1852) ou Vista da Penha de França (1857), a representação das árvores suscita um interesse particular quando, para um esperado verde das folhagens, o pintor recorre a uma paleta essencialmente castanha (Fig. 1). “As árvores tornam-se cenário, discretamente, no seu alindamento convencional, e só os animais finalmente mereciam a sua atenção apaixonada.”(FRANÇA, 1966, 263).
ultramarino e o vermelhão para os delicados pormenores que constroem as personagens, frequentemente figuras humanas representando camponeses. Tomando como exemplos as pinturas Paisagem e Animais (1852) ou Vista da Penha de França (1857), a representação das árvores suscita um interesse particular quando, para um esperado verde das folhagens, o pintor recorre a uma paleta essencialmente castanha (Fig. 1). “As árvores tornam-se cenário, discretamente, no seu alindamento convencional, e só os animais finalmente mereciam a sua atenção apaixonada.”(FRANÇA, 1966, 263).
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Actas do IV Congresso de História da Arte Portuguesa em Homenagem a José-Augusto França |
Publisher | Associação Portuguesa de Historiadores da Arte (APHA) |
Pages | 200-207 |
ISBN (Print) | 978-989-20-4815-4 |
Publication status | Published - 2014 |
Keywords
- Arte
- História
- materiais e técnicas