Abstract
Novos vetores de desenvolvimento social e cultural têm vindo a potenciar formas renovadas de sentir e pensar o território: os amplos espaços de coworking, as novas galerias de arte, a difusão dos estabelecimentos de alojamento local e o comércio orientado a um consumidor cada vez mais exigente, são apenas alguns exemplos que demonstram que a zona ribeirinha das freguesias de Marvila e Beato é hoje um verdadeiro “laboratório” no qual se pretende criar um novo espaço social e cultural.
O presente trabalho teve como o objetivo analisar a dinâmica de reabilitação do edificado devoluto e a evolução económica enquanto indicadores de transformação daquela área da cidade de Lisboa, no período 2009-2019. A metodologia de trabalho, ao adotar na sua estrutura um levantamento funcional, permitiu revelar alguns dados importantes. Avaliando o parque edificado que se encontrava devoluto em 2009, nota-se que passados dez anos, 45% dos edifícios sofreram obras de reabilitação. A esta transformação acresce-se o licenciamento de novas operações urbanísticas, revelando o crescente interesse imobiliário por esta zona ribeirinha, em linha com o que se verifica noutras áreas da cidade de Lisboa. Os resultados permitiram igualmente medir o decréscimo do número de estabelecimentos comerciais, verificando-se uma redução de 28%, entre 2010 e 2019. Verificou-se igualmente que na base económica existiu um crescimento do peso das atividades terciárias e uma desvalorização do comércio a retalho. O aparecimento de estúdios de artistas, galerias de arte ou do centro cultural Fábrica Braço de Prata, com salas de concertos e exposições, entre outras, indica que esta zona oriental é também um local emergente para o lazer e a cultura na cidade de Lisboa.
O presente trabalho teve como o objetivo analisar a dinâmica de reabilitação do edificado devoluto e a evolução económica enquanto indicadores de transformação daquela área da cidade de Lisboa, no período 2009-2019. A metodologia de trabalho, ao adotar na sua estrutura um levantamento funcional, permitiu revelar alguns dados importantes. Avaliando o parque edificado que se encontrava devoluto em 2009, nota-se que passados dez anos, 45% dos edifícios sofreram obras de reabilitação. A esta transformação acresce-se o licenciamento de novas operações urbanísticas, revelando o crescente interesse imobiliário por esta zona ribeirinha, em linha com o que se verifica noutras áreas da cidade de Lisboa. Os resultados permitiram igualmente medir o decréscimo do número de estabelecimentos comerciais, verificando-se uma redução de 28%, entre 2010 e 2019. Verificou-se igualmente que na base económica existiu um crescimento do peso das atividades terciárias e uma desvalorização do comércio a retalho. O aparecimento de estúdios de artistas, galerias de arte ou do centro cultural Fábrica Braço de Prata, com salas de concertos e exposições, entre outras, indica que esta zona oriental é também um local emergente para o lazer e a cultura na cidade de Lisboa.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-14 |
Number of pages | 14 |
Journal | Estudo Prévio |
Volume | 16 |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Faixa Oriental de Lisboa
- Revitalização urbana
- Monitorização socioespacial
- Uso do solo