Abstract
Na década de 50 um grupo de católicos delineou um projeto que se queria de “pensamento e ação”, percorrendo várias etapas e disseminando ideias até à concretização do seu plano maior: criar uma revista. A aproximação deste grupo a António Alçada Baptista, que comprara uma antiga livraria, a Moraes, tornaria, anos depois, o sonho de O Tempo e o Modo possível. Mas foi primeiro no território da Editora Moraes, através do seu plano editorial, que este grupo de católicos “progressistas” manifestou, com o seu humanismo interventor, uma nova forma de ação política e artística. Se a identidade da própria editora se revela à luz do seu catálogo, o impacto cultural revolucionário e social- mente subversor pode ser medido através do peso da perseguição censória feita às suas publicações. As palavras dos censores confirmam a difícil posição da Moraes enquanto editora católica e enquanto “terceira via” no debate de ideias, na segunda metade do século XX em Portugal.
Translated title of the contribution | "A publisher already unmasked or marked": the Livraria Moraes Editora and the censorship |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 453-473 |
Number of pages | 20 |
Journal | Revista de História da Sociedade e da Cultura |
Volume | 16 |
Publication status | Published - 2016 |
Keywords
- Livraria Moraes Editora
- história do livro
- censura
- Estado Novo
- edição