Abstract
A ficção de Nuno Bragança tem subjacente uma visão do Homem e do Universo que assume claramente a perspectiva evolucionista, mantendo-se esta em pano de fundo, mas aflorando frequentemente à superfície do texto. Esta questão ganha um particular relevo pelo facto de o autor ser um católico progressista, podendo esta opção, por esse motivo, entrar em conflito com as directrizes da Igreja. Porém, ela é facilmente explicável se tivermos em conta a contemporaneidade do autor com as teorias do cientista e teólogo francês Teilhard de Chardin e do historiador Arnold J. Toynbee, ambos referidos e citados pelo autor.
A presença desta perspectiva manifesta-se nas frequentes referências à sequência evolutiva do Homem e do Universo, mas também no posicionamento e no questionamento dos narradores e personagens, que de várias formas articulam e equacionam a frase “Vindos donde, indo para onde?”.
A presença desta perspectiva manifesta-se nas frequentes referências à sequência evolutiva do Homem e do Universo, mas também no posicionamento e no questionamento dos narradores e personagens, que de várias formas articulam e equacionam a frase “Vindos donde, indo para onde?”.
Original language | Portuguese |
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Title of host publication | Literatura e ciência |
Subtitle of host publication | diálogos multidisciplinares 2 |
Editors | Isabel Barros Dias, Gabriela Gândara Terenas, Margarida Esperança Pina, Margarida Santos Alpalhão, Maria de Fátima Nunes, Maria do Rosário Lupi Bello, Teresa Nobre de Carvalho |
Publisher | Universidade Aberta |
Pages | 67-79 |
Number of pages | 13 |
ISBN (Print) | 978-972-674-895-3 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2021 |
Publication series
Name | Ciência e cultura |
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Number | 11 |
Keywords
- Nuno Bragança
- Evolução
- A Noite e o Riso
- Directa
- Square Tolstoi
- Evolution