Abstract
Este artigo apresenta a discussão crítica do explorador Alexander Von Humboldt quanto ao papel cognitivo das imagens na constituição da moderna Geografia Física. Fá-lo a partir da análise compreensiva de alguns textos seminais deste cientista, bem como de fontes indiretas. O daguerreótipo, a forma fotográfica sobre a qual Humboldt foi convidado a pronunciar-se como especialista da Academia das Ciências francesa, assegurava a vantagem da automatização e do rigor descritivo, mas à custa de introduzir uma profusão de detalhes considerados perturbadores da visão da “massa do Todo”, o fenómeno que Humboldt procurou constituir como objeto de uma nova geografia naturalista, no contexto do pensamento romântico alemão. O nosso objetivo neste artigo é sublinhar a complexidade de discursividades com que se teceu a introdução da fotografia na atividade científica, com reflexos na receção cultural mais geral.
Original language | Portuguese |
---|---|
Pages (from-to) | 4-20 |
Number of pages | 16 |
Journal | Revista Ponto de Acesso |
Volume | 10 |
Issue number | 3 |
Publication status | Published - 4 Dec 2016 |
Keywords
- Daguerreótipo
- Pintura de paisagem
- Pitoresco
- Geografia física;
- Panoramas