Abstract
Fenómeno intensificado a partir do último quartel do séc. XVII, a célebre expansão de organeiros vasco-navarros rumo ao centro da Península Ibérica – que levará o órgão ibérico de raiz castelhana ao zênite e cuja figura de proa foi o franciscano Joseph de Echevarría – irradiou à Galiza graças à atividade de Manuel de la Viña. Os dois órgãos visualmente idênticos construídos por De la Viña na Catedral de Santiago de Compostela (1704-1712) instituíram o paradigma de simetria visual e sonora que inspirou a construção de órgãos duplos em Espanha, Portugal e no ultramar hispânico. De facto, a construção dos dois órgãos visualmente idênticos da Catedral de Braga (1737-1739), dirigida pelo franciscano oblato de Compostela, frei Simón de Fontanes, constituiu um foco iniludível de expansão da atividade de organeiros de origem galega a Portugal, onde foram os principais responsáveis pela disseminação das inovações técnicas advindas da escola Echevarría. Na presente intervenção, abordarei a atividade de alguns dos mais proeminentes organeiros galegos ativos em Portugal, para além do impacto e paulatina aclimatação das inovações por eles implementadas no ambiente organeiro português.
Translated title of the contribution | The organ-making in Galice in the 18th century and its expansion to Portugal |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 127-147 |
Number of pages | 20 |
Journal | Boletim Cultural |
Volume | 2018 / 2019 |
Issue number | 2.a série |
Publication status | Published - Sept 2019 |
Keywords
- Escola Echevarría de organaria na Galiza e em Portugal
- Manuel de la Viña
- frei Simón de Fontanes
- Francisco António de Solha
- João Fontanes de Maqueira