Abstract
Em novembro de 1912, Domingos Eusébio da Fonseca, diretor‑geral de Fazenda das Colónias, partiu para Londres, incumbido pelo Governo de negociar um acordo que permitisse o fornecimento inglês de matéria‑prima para a destilação de bebidas alcoólicas na Índia Portuguesa. Este objetivo ini‑ cial alargou‑se, integrando também o acordo de comércio do ópio, comum a Macau e a Hong Kong. Em ambos os casos estamos perante questões relevantes para a economia colonial, sempre dependente de espaços adja‑ centes, particularmente das colónias britânicas. No entanto, o posiciona‑ mento foi divergindo de acordo com as necessidades. Eusébio da Fonseca era, à data da par‑ tida, uma personagem envolta em controvérsias e sobre quem estava a ser realizado um inquérito parlamen‑ tar. O prolongamento da sua estadia aumentou a contestação, sobretudo partidária, aos seus interesses e aos resultados da missão.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 11-24 |
Number of pages | 14 |
Journal | R:I / Relações Internacionais |
Issue number | 61 |
DOIs | |
Publication status | Published - 2019 |
Keywords
- Macau
- colónias
- abcári
- ópio
- Índia