Abstract
Esta investigação é um estudo comparado sobre a memória pública do passado recente que está na origem das democracias atuais das sociedadesibéricas: a Revolução Portuguesa (1974/75) e Transição Espanhola (1975-1982). Através da análise da imprensa representativa de um amplo leque de culturas políticas procurou-se compreender, em cada caso, os combates pela memória desenvolvidos nos espaços públicos democráticos ao longo do período 1986-1994/96. Enquanto no caso português se identifica a construção de uma hegemonia cultural neoconservadora no sentido de revisar as interpretações sobre a origem fundacional da democracia que haviam sido publicamente consagradas durante o próprio processo revolucionário, no caso espanhol, contrariamente, com a hegemonia das memórias da reconciliação e da transição modélica, o legado republicano e antifranquista nunca havia sido reconhecido publicamente. Em meados dos anos 1990, verifica-se a eclosão, em Portugal, de uma rebelião da memória contra o desenvolvimento do revisionismo histórico e, em Espanha, do movimento memorial reivindicativo dos vencidos da guerra civil e do antifranquismo.
Original language | Portuguese |
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Qualification | Doctor of Philosophy |
Awarding Institution |
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Supervisors/Advisors |
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Award date | 17 Jun 2016 |
Publication status | Published - 2015 |
Keywords
- 25 de Abril de 197
- revisionismo histórico
- guerra civil espanhola
- Revolução Portuguesa
- Transição Espanhola
- memória coletiva
- memória pública