Abstract
Em 1912, o artista Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918) preparou um códice,
no qual transcreveu, em francês, o conto de Gustave Flaubert "La légende de Saint
Julien l'Hospitalier" (1877), ilustrando-o profusamente com motivos da sua autoria
evocativos do conteúdo da narrativa. Em 2006, a Fundação Calouste Gulbenkian,
proprietária desta obra, decidiu editar, em dois formatos diferentes, este livro de artista.
No presente ensaio, analisa-se este objeto de arte enquanto artefacto e
demonstra-se a influência dos códigos bibliográficos dos códices medievais e da
estética modernista na sua concretização. Discutem-se, também, as implicações na leitura (e na contemplação) da obra de Amadeo de cada um dos tipos de edição
adoptados pela Fundação Calouste Gulbenkian.
no qual transcreveu, em francês, o conto de Gustave Flaubert "La légende de Saint
Julien l'Hospitalier" (1877), ilustrando-o profusamente com motivos da sua autoria
evocativos do conteúdo da narrativa. Em 2006, a Fundação Calouste Gulbenkian,
proprietária desta obra, decidiu editar, em dois formatos diferentes, este livro de artista.
No presente ensaio, analisa-se este objeto de arte enquanto artefacto e
demonstra-se a influência dos códigos bibliográficos dos códices medievais e da
estética modernista na sua concretização. Discutem-se, também, as implicações na leitura (e na contemplação) da obra de Amadeo de cada um dos tipos de edição
adoptados pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 1-16 |
Number of pages | 16 |
Journal | Revista Dobra. Pensar com as Artes |
Issue number | 14 |
Publication status | Published - 2024 |
Keywords
- Amadeo de Souza-Cardoso
- Gustave Flaubert; "La légende de Saint Julien l'Hospitalier"
- Códice
- Modernismo
- Livros de artista