Abstract
As crianças portuguesas de 6-8 anos estão a crescer em lares apetrechados com múltiplos ecrãs individualizados, tácteis e com aplicações diversificadas. No entanto, no primeiro inquérito nacional sobre como as crianças estão a crescer entre ecrãs (N= 656), mais de um terço das crianças desta faixa etária não faz uso da internet e prevalece uma mediação centrada no controlo e na restrição. Quatro em cada cinco pais cujas crianças acedem à internet concordam com a afirmação de que o seu uso é bom para aprendizagens. No entanto, cerca de metade identifica riscos na internet e concorda que é preferível que a criança esteja ocupada com atividades que não envolvam ecrãs. Tendo em conta não só características da idade (6-8 anos) mas também a própria relação entre crianças e ecrãs, predominam as atividades de entretenimento. Segundo os pais, cerca de quatro em cinco crianças jogam e veem vídeos, e cerca de duas em três procuram músicas. No recorte de famílias com crianças entre os 6 e os 8 anos, os pais são os principais companheiros em todas as atividades dos filhos na internet, o que se relaciona não só com a faixa etária em análise mas também com as infâncias vividas no singular. A procura de conteúdos do interesse da criança claramente predomina sobre contactos com familiares e amigos e a criação ou produção. Porém, a socialização com pares através redes sociais emerge já nestas idades.
Original language | Portuguese |
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Pages (from-to) | 46-57 |
Number of pages | 11 |
Journal | Revista Científica Educação para o Desenvolvimento |
Issue number | Julho |
Publication status | Published - 2018 |
Keywords
- Crianças
- Família
- Tecnologias Digitais
- Mediação Parental